São Paulo, 24 de abril de 2024

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09/04/2022

Renovação da frota de caminhões, enfim, sai do papel

(10/04/2022) – Nada como uma eleição para desencavar antigas reivindicações da indústria. Depois da redução do IPI, foi a vez da renovação da frota de caminhões, ônibus e implementos rodoviários. Trata-se de “uma pauta histórica da Anfavea, desde que o Proconve foi instituído em meados dos anos 80”, comentou Luiz Carlos de Moraes, presidente da entidade.

O governo publicou no início do mês a MP 1.112, instituindo o Programa Renovar – Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária no País, “voltado para agregar iniciativas e ações voltadas à retirada progressiva dos veículos em fim de vida útil, a renovação de frota ou à economia circular no sistema de mobilidade e logística do País”, conforme apresentado pela MP.

A medida é positiva na medida em que tem potencial para retirar de circulação inúmeros veículos com mais de 30 anos de uso (não é obrigatório), considerados inseguros e poluentes. Pode também favorecer a demanda por caminhões e ônibus novos. Levantamento de 2021, feito pela EPE – Empresa de Pesquisa Energética, ligada ao Ministério de Minas Energia, estimava que 6,2% da frota de caminhões brasileira tem mais de 30 anos de uso – ou cerca de 110 mil unidades,

“Esse decreto, mais que uma vitória para o setor automotivo, é uma conquista para os caminhoneiros e para toda a sociedade, já que temos uma frota de caminhões com idade média superior a 20 anos”, observou Moraes, durante coletiva de imprensa na última sexta-feira, 8 de abril. “Desde que o Proconve foi instituído em meados dos anos 80, esse tema da renovação de frota tem sido uma pauta histórica da Anfavea, no sentido de complementar os esforços dos fabricantes para redução das emissões de poluentes e de gases de efeito estufa, sem falar da questão crucial da segurança no trânsito”.

“Ainda estamos aguardando o decreto que regulamentará os valores e toda a parte operacional e legal do Programa Renovar para avaliar os impactos”, pontuou Marco Saltini, vice-presidente de Veículos Pesados da Anfavea. “Mas sem dúvida ele desempenhará um papel significativo no âmbito social, permitindo a caminhoneiros autônomos a oportunidade de trocar seu veículo com ganhos de produtividade. Será sem dúvida um passo importante para o transporte de carga no país”.

Sobre o programa – Por meio de um aplicativo que centralizará todo o Programa Renovar, o proprietário de um veículo pesado com mais de 30 anos poderá entregá-lo para reciclagem e receber o valor de mercado, mais o da sucata. E, se quiser adquirir um veículo mais novo, poderá ter benefícios de outros atores integrados ao aplicativo, como governos estaduais e municipais, além de fabricantes, concessionários, bancos e frotistas.

Glenda Lustosa, subsecretária de Facilitação de Comércio Exterior e Internacionalização do Ministério da Economia, que participou da coletiva de imprensa da Anfavea, explicou que o Renovar é um programa voluntário, em que o caminhoneiro que tem veículo com mais de 30 anos de uso tem vantagens ao participa.

“O objetivo é ganhar produtividade e contribuir com a redução do Custo Brasil”, afirmou Glenda. “Um caminhão de 30 anos, em comparação a um de 10 anos de uso, por exemplo, tem custo operacional 15% maior. E um benefício adicional é a retirada de circulação de veículos que poluem mais. Estes caminhões em desuso terão o tratamento adequado junto a parceiros que cuidarão do desmonte sustentável e correto.”

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