O home office quase obrigatório do início da pandemia exigiu de empresas reações rápidas, o que deu aos departamentos de RH grande importância para manter as engrenagens funcionando.
Dois anos depois, o desafio é manter o grau de relevância conforme as condições da crise sanitária ficam menos críticas, diz Paulo Sardinha, presidente da ABRH-Brasil (Associação Brasileira de Recursos Humanos).
Nesta semana, entre 18 e 20 de abril, o tema dever estar no centro das discussões do Conarh (congresso do setor).
"O RH vai ter que responder a expectativas e exigências maiores", diz Sardinha. "Neste ano, nossa pauta é muito mais generalista em consequência da pandemia, que está exigindo uma reorganização ampla do ambiente de trabalho e que agora inclui também questões como a retomada da competitividade."
A ABRH Brasil também espera relançar ainda neste ano a certificação de empresas consideradas saudáveis. Informalmente, diz Sardinha, o acompanhamento para a concessão do selo já foi retomado e cerca de 50 empresas estão preparando planos estratégicos para terem o selo "Empresa Saudável".
Idealizado antes da pandemia, o trabalho de certificação parou durante a crise sanitária e chegou a ser anunciado em 2021, mas ainda depende da assinatura de um protocolo com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), e da atualização de parâmetros que serão incluídos na certificação, como a qualidade do ar e da alimentação fornecida à força de trabalho.
Essa assinatura com a agência regulatória deve sair até o fim do primeiro semestre, segundo Sardinha. O dirigente da ABRH Brasil espera, com isso, conseguir relançar a certificação em agosto, durante do Conarh Saúde (congresso de RH voltado à saúde).
Joana Cunha com Fernanda Brigatti e Andressa Motter
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