clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação)

A Associação dos Celíacos do Paraná (Acelpar) entregou no último dia 16 os certificados de Selo Sem Glúten. A certificação foi dada a mercados, restaurantes, bares, lanchonetes e similares que atendem com segurança alimentar pessoas celíacas e com restrição ao glúten. A entrega foi realizada no Salão de Atos do Parque Barigui, com a presença do vice-prefeito, Eduardo Pimentel, do secretário de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Dâmaso Gusi, e da presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra.

Segundo a presidente da Acelpar, Ana Claudia Cendofanti, o projeto foi possível com a parceria e o apoio de todos os envolvidos. “Em 2016 tínhamos em Curitiba apenas um restaurante e agora nós temos 17. São Paulo, que tem uma população sete vezes maior, tem apenas oito restaurantes”, ressaltou Ana Cláudia. Ela também valorizou a realização de trabalhos como esse. “Já trabalhamos bastante, mas ainda tem muito a ser feito. Para nós celíacos isso é muito importante”, afirma.

Além dos 17 restaurantes e cafés, iniciou-se o projeto piloto com a melhoria e aperfeiçoamento da oferta e segregação das gôndolas dos produtos sem glúten que será implementado  nas 33 lojas do Armazém da Família, por onde passam 260 mil famílias curitibanas. A unidade piloto também foi reconhecida com o selo exclusivo do programa. Terão o selo de identificação de cor verde, que mostra onde estão os produtos sem glúten. A parceria com a Prefeitura de Curitiba abre mais um espaço onde as famílias com celíacos possam comprar o alimento sem glúten. “É importante para a Acelpar e os celíacos de Curitiba contar com o apoio da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional para promover mais ações de inclusão social em nossa cidade”, disse Ana Cláudia.

“Há um cuidado com as restrições, como a dos celíacos, e essa certificação coloca Curitiba à frente na política de segurança alimentar no Brasil”, disse o secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi.

Em 2016 foi criado no Paraná o selo "Sem Glúten", a ser conferido, em caráter voluntário a restaurantes, bares e similares que forneçam refeições sem glúten. A Vigilância Sanitária e a Acelpar elaboraram a regulamentação desse selo, porém, desde 2017 os órgãos aguardavam a sanção do governador.

Auditorias

O selo para restaurantes é dividido em três categorias, diferenciando quem produz exclusivamente, quem manipula de forma segura e segregada, e quem compra produtos certificados e comercializa ou os manipula.

Para obter a certificação de estabelecimento sem glúten, uma equipe técnica da Acelpar faz auditorias. Quando há manipulação de alimentos, é feita a verificação de todas as matérias-primas e insumos usados, treinamento e capacitação da equipe de produção de alimentos e atendimento e gestão das áreas de produção e manipulação para controle de riscos quanto à contaminação cruzada por glúten. A validade do selo é de um ano.

Categorias dos selos

Selo Verde: destinado a estabelecimentos que produzam ou manipulem alimentos exclusivamente sem glúten.

Selo Laranja: destinado a estabelecimentos que produzem alimentos com glúten e possuem área segregada para a produção e manipulação de alimentos sem glúten.

Selo Azul: destinado a estabelecimentos de alimentação que não produzem alimentos sem glúten, porém adquirem esses produtos prontos para o consumo de forma terceirizada, e possuem área segura para a manipulação destes alimentos.

Selo Verde claro: destinado aos armazéns da família que comercializam alimentos industrializados sem glúten em gôndolas identificadas, segregadas e com segurança.

Alimentação restritiva

Para Ana Cláudia, as principais causas do aumento da procura desses produtos foram o crescimento do número de diagnósticos de celíacos, das pessoas que possuem sensibilidade não celíaca ao glúten (SNCG), da dermatite herpetiforme e da alergia ao trigo. “Além disso, muitas pessoas estão fazendo dieta com restrição ao glúten, pois se sentem melhores", complementa. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 1% da população é celíaca e 8% possuem SNCG. Além disso, em boa parte das famílias a presença dessas doenças em alguém faz com que todos passem a não adquirir mais produtos com glúten para evitar a contaminação cruzada no ambiente.

Ana Cláudia explica que a produção de alimentos sem glúten envolve, às vezes, mais matérias-primas tais como: goma xantana, CMC e farinhas específicas, e isso acaba encarecendo a produção. “Há que se ter um cuidado especial com a contaminação cruzada por glúten e isso exige segurança da matéria-prima, não permitindo a compra de distribuidores que processam glúten em suas instalações. Alguns itens, como macarrão, a base de arroz, podem ser encontrados hoje por preço acessível”, comenta. Mesmo com mais oferta no mercado o valor do produto ainda é elevado.

A Acelpar tem em sua equipe profissionais qualificados para auxiliar as empresas que tenham interesse em produzir alimentos aptos aos celíacos e pode ser contactada pelo e-mail acelpar@gmail.com.

Confira a lista de estabelecimentos que receberam o selo:

 

Armazém da Família – Regional Matriz

Babycake Produtos Especiais

Batatiba Batata Suíça

Borogodó - Bistrô sem glúten

Café da Villa

O Capim Santo

Dieta e Sabor

Doces e Cores

Empório da Terra

Libere Gastronomia

Lola Li

Orvalho da Manhã

Restaurante Petit Château

Quinoa – Alimentos Sem Glúten

Pizzaria Rigani

Sem Culpa Funcional

Tempero do Titio

 

Com informações da SMCS e Acelpar.

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