Venda de pneus cresceu 8,2% em julho, após três meses de queda

Acumulado do ano também teve alta, de 31,9%, frente ao total de 2020, mas comparação com período pré-pandemia ainda mostra recuo

Por REDAÇÃO AB
  • 12/08/2021 - 16:21
  • | Atualizado há 2 anos, 8 meses
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    O mercado de pneus registrou em julho um crescimento de 8,2%, com 4,958 milhões de unidades vendidas, frente aos 4,581 milhões de exemplares comercializados em junho, de acordo com o balanço mensal divulgado na quinta-feira, 12, pela Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos). Essa alta interrompeu a sequência de retrações nas vendas que a indústria de pneumáticos vinha registrando desde abril.

    Com o resultado, o total de pneus vendidos no País desde janeiro soma 33,207 milhões, número que representa avanço de 31,9% sobre o registrado no mesmo período de 2020, que foi de 25,178 milhões. Não se pode esquecer, contudo, que o desempenho da indústria foi muito prejudicado pela pandemia no ano passado, o que resultou em uma base comparativa muito baixa. Assim, em relação aos primeiros sete meses de 2019 – período anterior ao surgimento da Covid-19 em que foram vendidos 33,916 milhões de pneus – o acumulado deste ano indica ligeira queda (2,1%).

    Reflexo das paralisações ocorridas em diversas fábricas por falta de semicondutores, a venda de pneus para as montadoras apresentou crescimento de 10%, com 1,291 milhão de unidades entregues. Mas, se esse total indica alta sobre o número do mesmo período de 2020 (que foi de 1,174 milhão de pneus vendidos), na comparação com o ano anterior (1,656 milhão), a queda é de 27,6%. Já o mercado de reposição apresenta percentuais menores, tanto na alta sobre 2020 (4,383 milhões neste ano, contra 4,054 milhões do ano passado), quanto na queda de 3% frente a 2019, que somou 3,741 milhões de pneus vendidos entre janeiro e julho.

    A indústria de pneus segue apresentando déficit em sua balança comercial, agora de US$ 39,716 milhões no acumulado desde janeiro. O setor contabiliza US$ 629,080 milhões em importações, contra US$ 589,364 milhões de exportações neste ano, com resultado 152,5% mais negativo do que em 2020 e 136,7% pior do que em 2019. Em unidades, foram importadas 26,339 milhões de exemplares, e exportadas apenas 8,540 milhões.