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    Emplacamentos de carros novos têm alta anual de 9,67% em julho, diz Fenabrave

    Pela primeira vez este ano, a Fenabrave divulgou alta de emplacamentos tanto na comparação com julho de 2021 (9,67%) quanto na comparação com o mês anterior (1,46%)

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business

    em São Paulo

    O número de emplacamento de carros novos em julho de 2022 subiu 9,67% ante o mesmo período no ano passado, segundo a Fenabrave, associação que representa as concessionárias. Em relação a junho deste ano, a alta foi de 1,46%.

    Esta é a primeira vez no ano que a associação registra um resultado positivo nas duas comparações. Apesar do dado favorável, ao considerar todos os veículos, a Fenabrave anunciou queda de 2,6%, nos segmentos somados na comparação com o mês anterior, e retração de 0,6% em relação a julho de 2021.

    “Os segmentos tiveram comportamentos distintos em julho. Alguns registraram números melhores do que os de junho, com destaque para automóveis, comerciais leves e caminhões, enquanto outros, como ônibus e motocicletas apontaram retração”, afirmou Andreta Jr, presidente da Fenabrave.

    Andreta Jr pontuou que o resultado de queda em alguns setores pode ser explicado pelos problemas de oferta da indústria, com impactos na produção dos veículos. Ele também ressaltou a maior dificuldade em obter crédito no momento.

    No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o setor apresentou resultado próximo da estabilidade, quando comparado ao mesmo período de 2021, com baixa de 2,7%.

    “A queda pode ser explicada por um conjunto de fatores, como a menor oferta, especialmente, no segmento de duas rodas, por conta de problemas na produção e pela maior restrição e aumento do custo de crédito, já que a inadimplência, nos financiamentos de veículos, está em 4,5%, de acordo com os dados divulgados, pelo Bacen, referentes a abril de 2022”, completou.

    A associação do setor comunicou que a nova redução do IPI para automóveis, que passou de 18,5% para 24,75% (a partir de 1 de agosto), deve fazer com que haja aumento de emplacamentos nos próximos meses de 2022.

    Segundo a Fenabrave, é esperado um crescimento que leve o indicador a um patamar equivalente ao obtido em 2021 ou, na melhor das hipóteses, a um crescimento de mais de 4%, para autos e leves, chegando a um total de mais de 2.060.000 unidades.

    “Se a produção retornar à sua normalidade, e com mais esse estímulo do governo, talvez consigamos atingir esse patamar”, afirmou Andreta Jr.

    Produção industrial

    Nesta terça-feira (2) também foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o indicador sobre a produção da indústria, que recuou 0,4% em junho ante o mês anterior.

    O resultado reflete a restrição de acesso a insumos e componentes para a produção de bem final. Além disso, o IBGE menciona que o comportamento da atividade industrial tem sido marcado por paralisações das plantas industriais, reduções de jornada de trabalho e concessão de férias coletivas.

    Ainda que a produção tenha tido desafios de oferta que inviabilizaram resultados melhores, o segmento de veículos automotores foi um dos mais positivos do indicador, com alta de 6,1%.

    “O setor de veículos acentuou o crescimento verificado em maio, mas essa alta não conseguiu eliminar as perdas anteriores. O saldo ainda é negativo, uma vez que ela ainda está 8,5% abaixo do patamar pré-pandemia”, afirmou o pesquisador André Macedo, gerente do estudo.