Volvo registra queda nas vendas em ambiente “turbulento”
Balanço da montadora sueca aponta recuo no varejo, mas considera o desempenho "estável" devido ao cenário global
A Volvo Cars acaba de reportar seu balanço financeiro do segundo trimestre de 2022. A marca sueca - que pertence à chinesa Geely - registrou queda nas vendas no varejo e também na receita, mas considera os ganhos “estáveis” devido ao cenário "turbulento''.
De acordo com o balanço da fabricante, as vendas de automóveis da Volvo no varejo somaram 143.006 unidades no segundo trimestre, queda de 27% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas totalizaram o equivalente a € 6,3 bilhões, recuo de 2%, isso graças à alta nos preços e o mix de produtos, que acabaram minimizando a baixa nas vendas.
Volvo: queda nas vendas, mas receitas estáveis
Os ganhos foram considerados “estáveis” pela empresa, isso devido ao cenário ainda conturbado e aos gargalos logísticos globais. No relatório, a Volvo destaca como entraves principais as incertezas contínuas no comércio mundial, o aumento dos preços das matérias-primas e as restrições da cadeia de suprimentos decorrentes dos recentes bloqueios na China devido à Covid-19.
De qualquer forma, a melhor notícia para a Volvo vem das vendas dos eletrificados, em especial dos modelos da linha Recharge (totalmente elétricos e híbridos plug-in). Eles representaram 31% das negociações da fabricante, aumento de 24% em relação ao segundo trimestre de 2021.
“Ao olhar para o desempenho da Volvo Cars durante um segundo trimestre muito turbulento, estamos satisfeitos por termos obtido ganhos estáveis”, disse Jim Rowan, presidente e executivo-chefe da marca. “A demanda por nossos produtos continua robusta e cientes de que os desafios de negócios de curto prazo não enfraquecerão nossas estratégias de médio a longo prazo.”
O recuo nas entregas de carros do trimestre afetaram o EBIT da principal operação da Volvo Cars, que atingiu o equivalente a € 440 milhões, com uma margem de 6,5%. Já o EBIT reportado, incluindo joint-ventures e associados, foi de € 1,03 bilhão - margem de 15,1%. O EBIT relatado foi positivamente impactado pelo efeito contábil da listagem da Polestar na bolsa de valores Nasdaq, em Nova York, no mês passado, na qual a Volvo Cars é a maior acionista.