O trabalho na fábrica da LG em Taubaté, no interior de São Paulo, será retomado ainda nesta segunda-feira (19). No início da manhã, os funcionários da unidade, que estavam em greve, aprovaram uma proposta de conciliação definida na sexta (16) em audiência no TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região).
A greve teve início no dia 12, depois de os trabalhadores recusarem a proposta de indenização apresentada pela empresa. No início de abril, a LG anunciou a decisão de se retirar do mercado global de smartphones.
Além de encerrar a produção do item na unidade de Taubaté, a empresa também anunciou que a fabricação de notebooks e monitores feita hoje na planta será transferida para Manaus (AM), onde a LG produz outras linhas, como a de televisores. Com isso, a fábrica paulista encerrará suas atividades, afetando 700 trabalhadores.
Pelo acordo aprovado nesta segunda, a empresa pagará pelos dias de greve. A proposta apresentada pela LG deverá ser o ponto de partida das negociações. A previsão do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté é encerrar a nova etapa de tratativas na sexta (23).
O plano de demissão indenizada apresentado pela LG, segundo os representantes dos trabalhadores, previa pagamentos de R$ 8.000 a R$ 35,8 mil, de acordo com o tempo de casa, PLR (participação nos lucros e resultados) e descontos para faltas sem justificativa.
A proposta também previa a manutenção do plano de saúde dos funcionários até o dia 31 de janeiro de 2022.
A previsão da LG é encerrar definitivamente a fábrica de celulares até o dia 31 de maio. Para a planta de monitores e notebooks, a expectativa, segundo o plano divulgado pelo sindicato aos trabalhadores, é paralisar a produção em Taubaté até 31 de agosto deste ano.
O encerramento da produção de celulares também afeta outros 430 empregos em três fábricas na região —duas em Caçapava e uma em São José dos Campos—, que são fornecedoras de componentes para a LG.
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