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    Pedidos de recuperação judicial crescem 50% em agosto, aponta Serasa

    A maior parte das requisições partiu do comércio, que responde por 43,2% das solicitações, maior percentual desde 2017

    Saara, tradicional mercado a céu aberto, no Rio de Janeiro
    Saara, tradicional mercado a céu aberto, no Rio de Janeiro Tânia Rêgo /Agência Brasil

    Cleber Souzado CNN Brasil Business

    em São Paulo

    Dados da Serasa Experian indicam uma alta de 50% no volume de recuperação judicial em agosto deste ano, em comparação ao mês anterior, quando 74 solicitações foram feitas. Ao todo, foram 111 pedidos, principalmente de micro e pequenas empresas, indica o relatório, compartilhado com exclusividade para o CNN Brasil Business.

    De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, 43,2% das requisições partiram do setor de comércio, a maior representatividade desde 2017. Micro e pequenas empresas foram as que mais fizeram solicitações, com 71% do total de pedidos.

    Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, explica que o crescimento expressivo das requisições está ligado diretamente aos riscos econômicos elevados desde o início de agosto no país.

    “Questões políticas, crise hídrica e o aumento da inflação passaram a afetar negativamente a saúde financeira dos consumidores. Isso prejudica, principalmente, os negócios do segmento de comércio e as micro e pequenas empresas, que ainda se recuperam das medidas restritivas referentes a pandemia”, avalia Luiz.

    Pedidos de falência caem 0,5% 

    Ainda em agosto de 2021, os pedidos de falências marcaram leve queda de 0,5%, totalizando 95 solicitações ante as 100 registradas em julho.

    Assim como os pedidos de recuperação judicial, as micro e pequenas empresas são as que mais decretaram falência no oitavo mês do ano, com 60 requisições, seguidas pelos negócios de médio porte (19) e grande (16).

    O setor de serviços foi o que teve maior demanda — 60 pedidos no período. Em seguida estão a indústria (19), o comércio (16). O setor primário não teve nenhuma solicitação.