Produção nacional de motos acumula alta de 23%

De janeiro a maio as fábricas montaram 569,6 mil unidades, maior volume para o período em sete anos

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Mário Curcio
  • 14/06/2022 - 12:13
  • 2 minutos de leitura

    A produção de motos em maio foi a segunda maior do ano e alcançou 129,8 mil unidades, 15,2% a mais que em abril. No acumulado de 2022 já são 569,6 mil motocicletas fabricadas em Manaus (AM). Este é o melhor resultado para o período desde 2015 e indica crescimento de 22,9% sobre iguais meses do ano passado. Os números foram divulgados na segunda-feira, 13, pela Abraciclo, associação que reúne fabricantes do setor.

    “Estamos conseguindo atingir os patamares planejados de produção para alcançar nossa meta de crescer 7,9% neste ano”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

    Honda puxa alta da produção de motos

    O aumento da produção foi puxado pela líder de mercado, a Honda. Só ela montou, nestes cinco meses, 455,3 mil motos, com crescimento de 28% sobre igual período de 2021. A Yamaha, vice-líder, anotou alta de apenas 4,6% no acumulado, com 92,7 mil motocicletas produzidas. A empresa teve dificuldades com o abastecimento de peças importadas em sua linha de montagem entre março e maio, o que explicaria o baixo crescimento, apesar de também vender motos de baixa cilindrada para entregadores, como a Honda.

    Neste momento também vale uma análise da evolução de outras empresas que não participam do segmento de entregas. A BMW montou até maio 4,8 mil motos, crescendo 10,3% sobre iguais meses do ano passado. A Kawasaki fabricou 4,5 mil motos no período e anotou alta menor, de 5,8%.

    A Triumph montou em Manaus, neste período, 2,2 mil motos e anotou pequena queda de 2,8% ante iguais meses do ano passado. A elevação dos preços e aumento da concorrência explicam essa pequena retração para a fabricante de origem inglesa.

    Nestes cinco meses a americana Harley-Davidson montou em Manaus apenas 779 motos e recuou 24,2% na comparação interanual. Este é o menor volume fabricado pela marca no Polo Industrial amazonense de janeiro a maio desde 2007. Preços elevados e concorrência também explicam a perda de espaço da Harley no mercado brasileiro.  

    Vendas diárias remontam a 2014

    A produção nacional de motos tem alta por causa da demanda aquecida no mercado interno. O mês de maio teve 133,4 mil motos emplacadas, o maior número desde janeiro de 2014. O bom resultado teve como motivo os 22 dias úteis do mês e também a procura elevada, que resultou em média diária de vendas em maio superior a 6 mil motos, coisa que também não se via desde a primeira metade daquele distante 2014.

    O acumulado do ano já teve 515,8 mil motocicletas licenciadas, indicando que as vendas no mercado interno já cresceram 25,6% sobre o ano passado. Como na produção, o acumulado de vendas também é o maior desde 2015. 

    Exportações de janeiro a maio recuam 6,1%

    O mês de maio teve 6 mil motos vendidas para o mercado externo, o que significa alta de 51,8% sobre abril. No entanto, o acumulado do ano indica queda de 6,1%, com apenas 20,5 mil motos enviadas ao exterior. A projeção anual feita pela Abraciclo foi de 54 mil motos, mas só será alcançada com uma recuperação nos embarques durante o segundo semestre.