São Paulo, 19 de abril de 2024

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19/02/2022

Indústria de fundição projeta crescer 15% em 2022

(20/02/2022) – De acordo com dados divulgados pela Abifa – Associação Brasileira de Fundição, a indústria do setor cresceu 20,3% em 2021. Um ano “bastante atípico”, segundo Afonso Gonzaga, presidente da entidade.

No ano passado, o setor produziu 2,7 milhões de toneladas de fundidos, entre ferro fundido (+25,5%), aço (+3,9%) e metais não ferrosos (+8,5%). Apesar de o segmento automotivo normalmente ser o carro-chefe da produção de fundidos, em 2021 o responsável pela alavancagem do setor foi a agroindústria.

“O setor ferroviário, que recebeu bastante apoio do Governo Federal, também ajudou a impulsionar a produção de fundidos. Entre os nossos associados existe empresa que chegou a crescer 62% no último ano”, diz Gonzaga. Na opinião do executivo, o crescimento demonstra a agilidade do empresário em tomar decisões assertivas: “Nossas empresas tinham projeção de crescimento entre 10 e 15%. Como é que cresce mais de 40%? Essa capacidade do nosso empresariado provocou um crescimento que realmente não era esperado”, complementa.

Gonzaga também aponta que alguns estados se destacaram em 2021, como Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Minas cresceu 28%, acima da média de 20,3%”, destaca. Sob o seu ponto de vista, existe grande demanda reprimida por fundidos, principalmente em relação ao segmento de saneamento básico, que consome muitos fundidos.

A projeção de crescimento da Abifa para 2022 é de 15%. Gonzaga afirma que os empresários estão procurando equipamentos para otimizar produção, além de investir na qualificação da mão de obra. “Isso nos leva a planejar um crescimento da ordem de 15%. Nós temos capacidade para crescer mais do que em 2021, acredito que teremos um ano extremamente produtivo”, explica.

Questionado do porquê desta projeção se há capacidade para crescer além dos 15%, o presidente da Abifa responde que o Brasil conta com uma capacidade instalada de 4 milhões de toneladas/ano e existe uma “folga” para aumento dessa capacidade. Porém, “sempre há aquele pé atrás”, já que o setor não conta com apoio de politicas industriais que dão oportunidade de projeção de crescimento e desenvolvimento.

Em 2022, a agroindústria deve seguir puxando o setor de fundição. De acordo com Gonzaga, 60% das fábricas já estão com a capacidade tomada. Outras áreas, como a ferroviária e a mineração, também devem continuar colaborando com o crescimento da indústria de fundição.

Insumos – O setor de fundição encontra muitas dificuldades para acessar, principalmente, o minério de ferro. “O preço do aço cresceu quase 500% e nós entendemos que o minério de ferro é uma commodity e o seu preço é coordenado no exterior. Porém, no Brasil está nas mãos de poucas empresas e, por isso, nós precisamos de uma política industrial decente, que nos dê capacidade de promover investimentos. Nós trabalhamos como na agricultura, entre safras boas e ruins, e isso não nos dá estabilidade”, fala Gonzaga.

Na visão do executivo, mesmo que com preços abusivos, o setor de fundição vai ter matéria-prima, já que o Brasil possui uma capacidade “extremamente grande”. Ele também cita outros problemas, como a questão energética. “O gás natural e a energia elétrica precisam ser discutidos. Não temos gás a preços competitivos. Mesmo com o excesso de chuvas, continuamos pagando bandeira vermelha. Nós poderíamos estar seguindo um caminho bem diferente nestas pautas se tivéssemos uma regulamentação industrial consistente”, finaliza Gonzaga. (Sheila Moreira)

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