A computação está prestes a viver um grande salto, com a possibilidade de operações quânticas abastecendo computadores já nesta década. Mas foi há 50 anos, em 15 de novembro de 1971, que uma criação da Intel permitiu uma nova era para a informática. A empresa foi responsável pelo primeiro microprocessador de uso comercial, possibilitando que o mesmo chip – o Intel 4004 – fosse usado para diferentes dispositivos.

Trazendo quase 2,3 mil transistores (a título de comparação, o chip do iPhone 13, o A15 Bionic, tem 15 bilhões de transistores), o microprocessador tinha o tamanho de uma unha, com capacidade de 4 bits – uma miséria para os dias de hoje, mas uma revolução para a época, quando o comum eram máquinas que ocupavam salas inteiras, com resfriamento intenso para impedir o superaquecimento. Ao todo, era capaz de 92 mil operações por segundo, com a CPU atingindo uma velocidade de relógio de 750 kHz.

A Intel criou o chip a pedido da japonesa Nippon, que queria desenvolver uma nova calculadora e, por isso, pediu 12 novos tipos de microprocessadores. Cansados de criar diferentes chipsets para dezenas de produtos, o trio de engenheiros Federico Faggin, Stanley Mazor e Ted Hoff conseguiu desenvolver uma única placa integrada (a CPU), a partir do silício, versátil o suficiente para ser utilizada não só nas calculadoras, mas também em computadores e outros produtos.

A importância desse item em nosso dia a dia é sentida hoje de maneira especial: em meio à escassez de chips, itens como carros, videogames, celulares e cartões de crédito têm tido problemas de fabricação, por conta do aumento na demanda pelos microprocessadores durante a pandemia de covid. Segundo analistas, esse cenário deve começar a se estabilizar a partir do segundo semestre de 2022. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.