Daniel Castellano/SMCS – Fim de emergência em saúde coincide com a liberação das máscaras obrigatórias

Publicada em 22 de abril deste ano, a Portaria nº 913 que determina o fim da emergência em saúde pública de importância nacional (Espin), conhecida também como emergência sanitária, entrará em vigor no dia 22 de maio. Com informações da Agência Brasil.

No entanto, o fim do estado de emergência não afeta todas as políticas públicas de combate à pandemia em vigor, como a ampla vacinação, a aquisição de imunizantes e remédios, a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a disponibilidade de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs), e tem maior relação com a forma como o governo autorizou alocação extraordinária de verbas para estados e municípios, exceções nas regras de aquisição de insumos e também contratação excepcional de recursos humanos.

Conforme explica o Ministério da Saúde, o sucesso na campanha de imunização de âmbito nacional, a queda expressiva na média móvel de mortes por Covid-19 (feita pela soma dos últimos sete dias dividida por sete) e no número de infecções, além da queda na taxa de ocupação de leitos de UTIs, justificam a retomada dos procedimentos normais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, informou que o fim do estado de emergência sanitária deixará como legado diversas experiências que facilitarão decisões amplas no âmbito da saúde.

“Na parte de saúde, já vínhamos trabalhando para manter as flexibilizações que foram consideradas importantes [durante o período de vigência] como política pública, como por exemplo a telemedicina”, complementou.

Outro ensinamento considerado importante pelo secretário executivo do Ministério da Saúde em relação à pandemia de Covid-19 foi a necessidade de ampliar a formação de médicos intensivistas — aqueles que atendem pacientes em estado grave —, além da necessidade de acesso mais amplo a leitos de UTI em todas as regiões do Brasil.

Mas, o fim do estado de emergência em absoluto siginifica o fim da pandemia, reforça o Minisério, muito menos que não haverá mais vacinação contra a Covid-19. Tudo segue como antes, até que novas normativas sejam definidas.

Paraná tem mês com menor número de mortes por Covid desde abril de 2020

Um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) feito, ontem, mostra que o Paraná registrou 84 óbitos em decorrência da Covid-19 em abril. Além de ser quase 80% menor do que o registro de março deste ano (409 mortes), os dados são os mais baixos dos últimos dois anos. Desde abril de 2020 o Estado não registrava menos de 100 mortes por mês.

Os diagnósticos de positividade da doença também apresentaram queda significativa no último mês. De acordo com os registros, abril somou 25.438 casos confirmados, e, além de ser o número mais baixo do ano, também é 53% menor que os dados de março (54.835 casos).

A média móvel da última semana é de 1.266 casos. Já a média móvel de mortes pela doença é 1 (considerando os óbitos confirmados dos últimos 7 dias e dividindo por 7), com um decréscimo de 65,2% nos registros em relação há 14 dias atrás.

A vacinação continua sendo a principal aliada contra a pandemia. Dados do Vacinômetro Nacional mostram que o Paraná soma 24.536.556 doses aplicadas contra a Covid-19, sendo 9.963.875 primeiras doses (D1), 9.001.022 segundas aplicações (D2), 333.976 doses únicas (DU), 4.688.495 doses de reforço (DR), 229.071 quartas doses ou 2ª doses de reforço e 320.117 doses adicionais (DA).

Casos ativos em Curitiba seguem em alta

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba registrou, nesta segunda-feira (2), 501 novos casos de Covid-19 e dois óbitos de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus.

Mas o que ainda chama a atenção são os casos ativos. Ontem eram 1.550 casos do tipo na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus. Na sexta-feira eram 1.215.

O número de casos ativos segue em viés de alta desde meados de abril, depois de baixar para menos de 400 casos. No começo do ano, contudo, atingiu seu maior número, acima de 16 mil, na época da onda da Ômicron em janeiro e fevereiro.

Boletins

Até esta segunda-feira (2) foram contabilizadas em Curitiba 8.237 mortes na cidade provocadas pela doença. Com os novos casos confirmados, 423.351 moradores de Curitiba testaram positivo para a Covid-19 desde o início da pandemia, dos quais 414.454 estão liberados do isolamento e sem sintomas da doença.

Paraná — A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná divulgou mais 426 casos e uma morte em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.446.159 casos e 42.871 óbitos pela doença.

Brasil — O Brasil registrou 6.498 novos casos de Covid-19 e 89 mortes pela doença entre este domingo (1) e ontem. Os dados são do Painel do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), divulgados ontem. Com isso, o Brasil soma 30.460.997 casos acumulados de Covid-19 e 663.602 mortes desde o começo da pandemia.