(12/09/2021) – A produção de caminhões em agosto somou 14,9 mil unidades, volume apenas 1,1% superior ao de julho, que foi de 14,8 mil unidades. No entanto, na comparação com agosto de 2020, quando 7,8 mil caminhões foram produzidos, o crescimento foi de mais do que o dobro, de 111,1%.
Os números foram divulgados na última quarta-feira, 8, pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. A entidade atribui o crescimento principalmente à demanda de setores como o agronegócio, mineração e de carga-geral, que vêm comprando caminhões num ritmo consistente.
Uma amostra deste fato está no crescimento da fabricação de caminhões pesados, que foi de mais de 160% na comparação entre os meses de agosto, saltando de 2,7 mil unidades para 7,2 mil.
Para a Anfavea, contudo, os resultados na produção poderiam ser maiores, já que o segmento também vem sofrendo com a falta de semicondutores, embora em grau menor que a fabricação de automóveis.
“É que a venda de caminhões costuma ser mais técnica, com entregas programadas ao longo de alguns meses”, explicou Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea. “Como a fabricação também se dá em volumes menores, as montadoras conseguem remanejar a produção com mais flexibilidade”.
Ao contrário do segmento de caminhões, a produção de ônibus ainda não está mostrando sinais de retomada. Os 1.510 chassis fabricados no mês passado representaram um volume 1,5% inferior ao de julho, que foi de 1.533 unidades.
De qualquer forma, no confronto com o ano passado, os resultados foram positivos, embora, segundo a Anfavea, ainda estejam abaixo dos de 2018 e 19.
Na comparação com agosto de 2020, quando a produção somou 1.350 chassis, a alta foi de 11,9%. Já a produção no acumulado até o mês passado foi de 13.367 unidades. O volume representa um crescimento de 12,1% frente ao acumulado de 2020, quando a indústria entregou 11.925 chassis novos.
Bonini lembrou que o segmento de ônibus vinha sendo beneficiado pelo programa Caminho da Escola, mas todas as entregas já foram praticamente concluídas. Outro processo de licitação já definiu os fornecedores, mas a demanda só deve começar a aparecer na produção a partir do último trimestre.