Bancos brasileiros entre os mais rentáveis, Tupy compra fabricante de motores e o que importa no mercado

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Brasil tem 4 dos 10 bancos mais rentáveis

Entre os dez bancões mais rentáveis do mundo, quatro são brasileiros. O levantamento é da Economatica, que reuniu o retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) em 2021 dos bancos com mais de US$ 100 bilhões em ativos.

O indicador mede o quanto uma empresa consegue gerar valor a partir de seus próprios recursos.

Em números: o líder entre os brasileiros pelo quarto ano seguido é a filial nacional do espanhol Santander, com um ROE de 18,9%. Número um global até o ano anterior, no atual ranking ele ficou em terceiro.

Na sequência vem o Itaú Unibanco, com ROE de 17,3% e quinto colocado global. Banco do Brasil, com retorno de 15,7%, e Bradesco, de 15,2%, ocupam as sétima e oitava posições mundiais, respectivamente.

Em queda: apesar de esses quatro bancões brasileiros serem reconhecidos pela alta rentabilidade em suas operações, o indicador vem caindo nos últimos anos.

A rentabilidade mediana deles foi de 16,5% em 2021, uma retração de 6,6 pontos percentuais em relação a 2010. O que ajudou a evitar uma queda maior foi o Santander Brasil, que elevou seu ROE de 6% para 18,9% nesse intervalo.

Na dianteira: apesar da curva descendente, as instituições brasileiras seguem à frente das americanas. Os 19 bancos dos EUA presentes no ranking têm um ROE que historicamente varia entre 8% e 11%.

Em 2021, o lucro dos quatro brasileiros somou R$ 81,632 bilhões, um crescimento nominal (sem contar a inflação) de 32,5% na comparação com 2020.

Na Bolsa: neste ano, o desempenho das ações dos bancões brasileiros também está na frente dos pares americanos, destaca o colunista Marcos de Vasconcellos.


O que fim da emergência de Covid muda no trabalho?

O fim da emergência em saúde pública anunciado pelo ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, afetará também a vida dos trabalhadores.

O que explica: ao todo, mais de 170 portarias do Ministério da Saúde serão impactadas com o fim do regramento atual. Entre elas está o fim da obrigação de as empresas exigirem o uso de máscaras, por exemplo.

Calma lá: apesar do anúncio, a medida ainda não foi publicada, então todas as portarias ou leis vinculadas ao estado de emergência em saúde seguem valendo. Queiroga disse que a formalização deve acontecer até o fim desta semana.

O que muda:

  • Trabalhadores com sintomas gripais não precisarão mais ser afastados imediatamente. Nesse caso, devem voltar a valer as regras gerais para licenças médicas: para ser afastado, só com atestado.
  • As empresas poderão exigir o retorno obrigatório das grávidas. Lei recente ainda permite o teletrabalho para as que não estejam com o ciclo completo da vacinação. Com o fim da emergência, as gestantes terão que voltar ao trabalho, vacinadas ou não.
  • As plataformas de delivery não serão mais obrigadas a contratar seguro e prever uma assistência financeira aos entregadores de moto que atuam por meio delas, em caso de afastamento.

O que não muda:

  • As opções pelo trabalho remoto, pelo home office ou pela atividade presencial são decisões da empresa e não são afetadas pelo estado de emergência. As novas regras desse tipo de atividade começaram a valer no mês passado.

Flexitarianos impulsionam mercado vegano

Com o interesse pelo veganismo consolidado, marcas e produtores têm se esforçado cada vez mais na variação de sabores e receitas para conquistar um público crescente: os flexitarianos.

Entenda: essas pessoas são aquelas que, embora não sejam veganas nem vegetarianas, estão dispostas a reduzir o consumo de proteína animal.

Em números: quase 1 em cada 4 consumidores no mundo (23%) tenta limitar a ingestão de carne, segundo levantamento da Euromonitor de 2021.

No Brasil, a parcela dos brasileiros que deixam de comer a proteína ao menos uma vez na semana por vontade própria é ainda maior: 46%.

O que explica: a tendência tem ganhado corpo com o esforço de marcas veganas para ampliar suas receitas, focando sabor e variedade, o que atrai consumidores distantes desse mundo e ajuda a popularizar e a tornar os negócios mais sustentáveis.

Outros negócios também têm surgido do crescimento desse mercado:

Startups veganas: para atrair um público não adepto ao segmento, startups têm investido em pesquisa para criar produtos com aparência e sabor próximos aos de carnes, leite e derivados. A estratégia, chamada de plant-based, gera críticas do setor.

  • Há ainda no país a Vegan Business, uma plataforma de investimentos em startups do segmento.

Selos veganos: servem como um atestado de procedência dos produtos e são cobiçados pelos empreendedores. Há as certificações veganas e "cruelty free" (livre de crueldade animal), que indicam não haver traços de animais nem testes com bichos no desenvolvimento.

Mais sobre mercado vegano:


Tupy compra MWM do Brasil por R$ 865 mi

A fabricante de peças em ferro Tupy anunciou nesta segunda (18) a compra da MWM do Brasil por R$ 865 milhões. A empresa é especializada na fabricação de motores para caminhões e geradores.

As ações da Tupy fecharam o pregão em alta de 8,47%, a R$ 18,18.

As empresas:

  • Tupy: com sede em Joinville (SC), a maior parte da receita da multinacional vem de fora do país. No ano passado, comprou da Stellantis a concorrente Teksid por cerca de R$ 400 milhões.
  • MWM: a empresa fabrica motores sob encomenda, com expertise em caminhões, máquinas agrícolas e geradores. Também tem uma rede com centenas de pontos de venda e de oficina de peças de motores.
Funcionário na fábrica da Tupy, em Joinville (SC)
Funcionário na fábrica da Tupy, em Joinville (SC) - Adriano Vizoni - 25.abr.2018/Folhapress

A estratégia: a Tupy afirma que a compra faz sentido ao negócio das duas empresas e insere a fabricante catarinense no setor de energia e descarbonização.

  • A MWM anunciou parcerias recentes para o uso de biogás e biometano para geração de eletricidade e como combustível para frotas de caminhões, ônibus e tratores agrícolas.

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