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Micro e pequenas empresas lideram geração de empregos

Levantamento do Sebrae aponta reação positiva dos pequenos negócios na abertura de novos postos de trabalho. Já são mais de 300 mil novos empregos gerados em 2022 pelas micro e pequenas empresas.

28 abr 2022 - 10h20
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As mais de 5 milhões de micros e pequenas empresas em atividade no Brasil já contrataram 300 mil novos funcionários neste ano, ou seja, 63,5% de todas as vagas abertas no Brasil em 2022. Com essa reação positiva, os pequenos negócios contribuem para minimizar o desemprego no país, o qual permanece elevado - 11,2% em fevereiro, ou seja, 12 milhões de trabalhadores ainda sem carteira assinada, conforme o IBGE. Os dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgados em fevereiro, indicam que o número de pessoas em idade de trabalhar efetivamente ocupadas está em torno de 95 milhões.

Foto: Carvalho Leilões arquivo / DINO

De acordo com o Sebrae, um dos motivos do bom desempenho das micro e pequenas empresas na abertura de novos postos de trabalho é a profissionalização. Segundo a entidade, o volume de pequenos negócios abertos por necessidade vem caindo e o empreendedorismo despertado pela oportunidade de mercado vem crescendo. Isso significa que, antes de investir, os micro e pequenos empresários estão analisando com mais atenção o potencial de mercado para o negócio escolhido, e estão se capacitando em cursos e consultorias, alguns fornecidos pelo Sebrae, procurando se preparar para gerenciar com eficiência as áreas operacionais e administrativas.

Permanecer de portas abertas ainda é um desafio para as micro e pequenas empresas brasileiras. Uma em cada cinco quebram no primeiro ano de atividade. Esse número é 50% maior no caso de MEI (microempresário individual). Ao comparar os setores, o Sebrae constatou que as maiores taxas de mortalidade, pela ordem, são: comércio, indústria de transformação e serviços.

Recentemente, em entrevista à Agência Brasil, o presidente do Sebrae, Carlos Melles, disse que a entidade vem trabalhando para reverter esse quadro porque, segundo ele, todo micro e pequeno empresário que administra de forma profissional pode obter sucesso comercial e longevidade para sua empresa. E já existem bons exemplos no Brasil.

Longevidade

Um dos casos mais antigos de longevidade empresarial são os micro e pequenos empresários que trabalham com pátios para guardar veículos para órgãos fiscalizadores de trânsito no estado de São Paulo. Noventa por cento das 400 micro e pequenas empresas do setor estão em atividade há mais de 50 anos.

Fernando Carvalho, presidente da Associação dos Proprietários de Guinchos e Pátios do Estado de São Paulo - Appagesp, observa que "de acordo com a pesquisa Global Family Business, realizada pela PwC, apenas 12% das empresas do mundo chegam à terceira geração, e  os indicadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que setenta por cento (70%) encerram suas atividades após a morte do fundador, mas no setor de pátios acontece exatamente o contrário, os dados coletados pela Apagesp confirmam que 78% das micro e pequenas empresas estão indo para a terceira e a quarta geração. Além de prover o sustento dos proprietários e de suas famílias há várias décadas, atualmente os pátios geram mais de 20 mil empregos diretos e indiretos no Estado de São Paulo. Só de guinchos, são quase 15 mil que dependem dos serviços prestados aos pátios. Além de prover o sustento dos proprietários e de suas famílias há várias décadas, atualmente os pátios geram mais de 20 mil empregos diretos e indiretos no Estado de São Paulo. Só de guinchos, são quase 15 mil que dependem dos serviços prestados aos pátios".

Carvalho diz que "o fato de ser a única fonte de renda, por si só, já é motivo de dedicação integral por parte das famílias a essas micro e pequenas empresas, mas o que faz a diferença é a atualização contínua". Ele acrescenta que "é frequente a atualização dos micro e pequenos empreendedores em cursos e treinamentos para entender os novos conceitos de gestão, as novas tecnologias, somando-se a isso o reinvestimento de maior parte do faturamento em melhoria da estrutura operacional e de atendimento ao cliente. Hoje a administração é moderna, os pátios estão avançados em tecnologia e processos".

O presidente da Associação está otimista para os próximos anos. Ele diz que, em 2022, o setor vai investir e ampliar o volume de postos de trabalho entre 10% a 20%. "Deverão ser criados de 2 a 4 mil novos empregos. Como muitos pátios estão em pequenas cidades, as contratações geram impacto no comércio local. É um círculo virtuoso. Todos são beneficiados."

Empresas mais competitivas

Tendo em vista a relevância das micro e pequenas empresas na geração de empregos, neste mês de abril, o Sebrae assinou acordo com a Organização dos Estados Americanos (OEA) para implementar a metodologia Small Business Development Center (SBDC) no Brasil. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, explicou que essa parceria vai disponibilizar capacitação avançada para os micro e pequenos empresários, tornando os pequenos negócios mais fortes.

Ao anunciar o acordo, Melles enfatizou que "as pequenas e médias empresas já respondem por mais de 30% do PIB e mais de 44% da massa salarial. Esses números podem crescer porque estamos firmando parcerias para aumentar a competividade, promover a capacitação, abrir acesso às linhas de crédito e, consequentemente, gerar mais empregos".

Website: https://www.facebook.com/Appagesp/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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