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    Ibovespa fecha em alta de 0,73% enquanto mercado espera Selic; dólar cai a R$ 5,03

    Principal índice da B3 encerrou o dia aos 102.806,82 pontos, enquanto a moeda norte-americana teve desvalorização de 2,07%

    João Pedro MalarArtur Nicocelido CNN Brasil Business*

    em São Paulo

    O Ibovespa fechou em alta de 0,73%, aos 102.806,82 pontos, nesta quarta-feira (15), se recuperando após fortes perdas nas últimas sessões.

    Já o dólar teve queda de 2,07%, a R$ 5,027, com o mercado digerindo a decisão do Federal Reserve de subir a taxa de juros em 0,75 ponto percentual – quantidade dentro do esperado pelos analistas. Essa foi a maior queda percentual em cerca de um mês.

    Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados de títulos e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

    Os investidores seguem agora à espera da decisão de juros no Brasil. A expectativa é que o Banco Central eleve sua taxa de juros em 0,5 ponto percentual.

    No caso brasileiro, o foco é em uma possível sinalização de que o ciclo terminará em 13,25% ao ano. Já nos Estados Unidos, a posição do banco central, mais dura no combate à inflação, foi bem recebida pelo mercado, mesmo que ela favoreça fluxos de capital fora de bolsas e favoreça o dólar ante outras moedas.

    O Banco Central fez nesta sessão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de agosto de 2022. A operação do BC ajuda a dar liquidez na moeda, mas especialistas consultados pelo CNN Brasil Business apontam que o órgão poderia atuar mais para conter a volatilidade do câmbio.

    Na terça-feira (14), o dólar subiu 0,43%, a R$ 5,134. Já o Ibovespa teve queda de 0,52%, aos 102.063,25 pontos, na menor pontuação desde 10 de janeiro.

    Vale destacar que na quinta-feira (16) não haverá operações no Brasil por conta do feriado de corpus christiDessa forma, especialistas entrevistados pelo CNN Brasil Business afirmaram que os juros serão precificados no mercado na sexta-feira (17).

    Sentimento global

    No fim de maio e começo de junho, a visão de que a autarquia não seria tão agressiva no ciclo e o fim de lockdowns em cidades importantes da China aliviaram temores e ajudaram o Ibovespa e o dólar a se recuperar.

    Nas últimas semanas, porém, o cenário mudou. A inflação de maio do Estados Unidos sinalizou um quadro mais negativo, reforçando apostas de juros terminais maiores. O Banco Central Europeu (BCE) sinalizou altas de juros a partir de julho, enquanto a China enfrenta um novo aumento de casos de Covid-19 com temores de novas restrições e o risco fiscal no Brasil voltou a ganhar força.

    Com isso, a combinação de um cenário doméstico debilitado e a perspectiva no exterior de fortes apertos monetários voltaram a prejudicar o mercado brasileiro.

    Sobe e desce da B3

    Veja os principais destaques do pregão desta quarta-feira (15):

    Maiores altas

    • Qualicorp (QUAL3) +14,64%;
    • CVC (CVCB3) +13,19%;
    • Banco Inter (BIDI11) +9,33%;
    • Grupo Natura (NTCO3) +8,08%;
    • Gol (GOLL4) +6,49%

    Maiores baixas

    • Braskem (BRKM5) -2,27%;
    • Petrobras (PETR4) -1,76%;
    • PetroRio (PRIO3) -1,48%;
    • CSN Mineração (CMIN3) -1,46%;
    • Petrobras (PETR3) -1,31%

    *Com informações da Reuters