O Índice de Estoques (IE) do varejo paulistano de dezembro apresentou uma queda de 3,6% na comparação com o mês anterior, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O número vinha crescendo desde agosto, quando atingiu o patamar mais baixo desde maio de 2016. Na comparação com dezembro de 2019, o IE cedeu 18,57%, de 124,33 para 101,23 pontos.

Em relação a novembro, o número de empresários que consideram ter estoques adequados diminuiu de 52,2% para 50,4%, a menor razão do último trimestre. Já os que dizem ter estoques abaixo do necessário subiu de 11,9% para 12,5%, voltando à marca registrada em outubro.

Por outro lado, os empresários que consideram seus estoques acima do adequado cresceram de 35,4% do total em novembro para 36,7% neste mês, o terceiro maior nível atingido neste ano, ficando atrás somente de agosto e setembro, com 37.8% e 37.7%, respectivamente.

Tamanho

As empresas de grande porte tiveram um crescimento de 12,5% no índice entre novembro e dezembro, de 103,4 para 116.4 pontos. É o primeiro crescimento no IE do setor desde agosto de 2020. A proporção das empresas que veem estoques adequados aumentou de 51,7% para 58,2%. Já as que percebem seus estoques acima do adequado cedeu de 24,1% em novembro para 19,4% neste mês, a menor marca do trimestre. A proporção dos que veem seus estoques abaixo do adequado também diminuiu, de 24,1% para 22,4%, voltando aos níveis registrados em junho de 2020.

Após três meses de crescimentos, os pequenos varejistas percebem uma menor adequação de estoques neste mês. O IE do grupo cedeu 3,9% em relação a novembro, de 105 para 100,9 pontos. A proporção de empresas que veem os estoques como adequados diminuiu de 52,2% para 50,2%. A percepção de estoques acima do adequado subiu de 35,6% para 37%, assim como a de estoques abaixo do ideal, que foi de 11,6% em novembro para 12,3% neste mês.

Setores

As varejistas de bens semi duráveis tiveram uma queda de 10,7% no IE de dezembro em relação a novembro, atingindo o pior desempenho desde agosto de 2020. A razão das empresas que veem seus estoques adequados cedeu de 47% para 42,1%, enquanto a proporção das que enxergam estoques acima do ideal subiu de 29,3% para 35,3%, alcançando o maior registro do ano. A razão das que veem estoques abaixo do adequado caiu de 21,8% para 21,1%.

O setor de bens duráveis apresentou um crescimento de 1,2% no seu IE. Houve aumento na percepção de estoques adequados de 50,6% em novembro para 51,3% neste mês. O setor registrou queda na avaliação de estoques acima do adequado, de 40,6% para 40%, enquanto a percepção de estoques abaixo do adequado demonstrou estabilidade e permaneceu em 8,8%.

As empresas de bens não duráveis tiveram uma queda de 3% no IE, em relação a novembro. A percepção sobre estoques adequados encolheu de 58,6% para 56,8%, enquanto a razão das que veem estoques acima do ideal caiu de 31,7% para 30,8%. Já a razão das empresas que avaliam seus estoques como abaixo do adequado cresceu de 9,8% para 12,4%.