Por Valor Online


O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou uma ligeira melhora ao passar de 43,2 pontos negativos para 39,3 pontos negativos entre o terceiro e quarto trimestre de 2020. Apesar da evolução de 3,9 pontos, o indicador continua na zona desfavorável do ciclo econômico.

O ICE é uma média geométrica entre o Indicador da Situação Atual (ISA) e o indicador de Expectativas (IE). A melhora do ICE foi influenciada principalmente pela melhora do ISA, que subiu 4,4 pontos no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior, passando de 98,0 pontos negativos para 93,6 pontos negativos, um resultado ainda extremamente ruim. Já o IE passou de 41,1 pontos positivos para 42,8 pontos positivos, uma alta de 1,7 ponto.

Na sondagem anterior, a melhora do clima econômico entre o segundo e o terceiro trimestre era explicada pela reversão nas expectativas que passaram de pessimistas para otimistas, enquanto a avaliação da situação atual continuava piorando. A crise teria chegado ao seu pior momento com a possibilidade de a região entrar numa fase de recuperação a partir do terceiro trimestre.

ICE 4º trimestre 2020 — Foto: Economia G1

A sondagem do quarto trimestre confirma esse cenário, ao registrar uma melhora dos dois indicadores: ISA e IE. No entanto, ambos avançaram relativamente pouco e o ISA continua na zona desfavorável do ciclo.

Países

Houve avanço do ICE em todos os países, exceto na Argentina e no Brasil. Apesar disso, os indicadores de todos os países analisados continuam em níveis desfavoráveis. Na Argentina, o ICE recuou em 13,5 pontos, para 41,0 pontos negativos no quarto trimestre.

No Brasil, a piora foi pequena, e o ICE passou de 32,0 pontos negativos para 32,8 pontos negativos entre o terceiro e o quarto trimestre. O país com o melhor ICE é o Paraguai (14,8 pontos negativos), seguido do Uruguai (21,4 pontos negativos) e da Colômbia (28,5 pontos negativos).

PIB

As avaliações dos especialistas se refletem nas projeções que realizam em relação ao PIB do próprio país. Em todos os países, a projeção é de queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, sendo a maior na Argentina (-22%) e a menor no Paraguai (-1,9%).

Em 2020, quando comparados os resultados da sondagem coletados no terceiro e no quarto trimestres, todos os outros países revisaram para baixo as suas previsões, exceto Brasil e Chile. No Brasil, a previsão era de uma queda de -6,5% e passou para -5,5%; no Chile era de -7,3% e passou para -6,1%. Brasil e Chile, segundo a FGV, estão entre os países que melhoraram a avaliação da situação atual. Para 2021, todos projetam aumento do PIB, exceto o Equador. Para o Brasil, a projeção de crescimento do PIB é de 3,2%.

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