Diversidade

O que as empresas automotivas fazem pelas mães

Medidas para acolher e reter as necessidades dessas mulheres cresceram, mas ainda há desafios

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Redação AB
  • 06/05/2022 - 15:00
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    O número de empresas do setor automotivo que contam com ações e benefícios para acolher e reter profissionais que são mães cresceu em dois anos.Vale lembrar que medidas com esse objetivo são fundamentais para fomentar a inclusão e a equidade de oportunidades de trabalho e ascensão profissional.

    Entre 2019 e 2021, subiu de 44% para 65% o número de organizações que oferecem medidas voltadas à primeira infância, como creches; e de 25% para 55% as iniciativas de facilitação da amamentação. Os dados são da Pesquisa de Diversidade no Setor Automotivo, realizada por Automotive Business com a coordenação técnica da MHD Consultoria.

    Em relação à licença-maternidade, 35% das companhias são filiadas ao programa Empresa Cidadã, que prorroga a licença-maternidade em dois meses e amplia a licença paternidade de cinco para 20 dias. Poucas organizações, no entanto, vão ém disso: apenas 6% contam com licença superior ao do Empresa Cidadã e 2% têm licença parental igualitária, com o mesmo período para pais e mães.

    Apesar do avanço positivo de apoio à maternidade, no entanto, ainda é baixo o porcentual de empresas automotivas que contam com medida para retenção de mulheres após a licença-maternidade, o que contribui para maior evasão delas. Das colaboradoras que trabalham no setor, apenas 17% têm 11 anos ou mais de tempo de casa, enquanto os homens são 40%. Ou seja, elas são menos longevas na indústria.

    Impulsionadas pela pandemia, mais empresas passaram a oferecer jornada flexível para mães e pais nos primeiros meses. Durante o período de isolamento social, as mulheres foram as que mais relataram esgotamento mental e físico, principalmente por causa da sobrecarga na divisão de tarefas domésticas, incluindo o cuidado com os filhos.