São Paulo, 28 de março de 2024

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31/07/2021

Quais as profissões emergentes na era digital?

(01/08/2021) – As novas tecnologias digitais devem gerar 700 mil empregos na indústria de transformação nos próximos 10 anos. É o que aponta o estudo “Profissões Emergentes na Era Digital: Oportunidades e desafios na qualificação profissional para uma recuperação verde”, realizado pelo Núcleo de Engenharia Organizacional da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), em parceria com o Senai.

O levantamento também identifica tendências e 14 carreiras em ascensão no curto, médio e longo prazo na Indústria de transformação e nos serviços produtivos. Essas novas profissões relacionadas à digitalização do setor, segundo a pesquisa, poderão ser responsáveis por 767,5 mil oportunidades de trabalho, das 14,9 milhões de vagas que podem ser criadas nos próximos 10 anos.

O Senai destaca que os números chamam atenção para a importância da formação de mão de obra: nos próximos dois anos, a demanda será de 401 mil profissionais, porém só haverá 106 mil disponíveis, o que representa uma lacuna de 74%.

De acordo com o estudo, na indústria, à medida que processos manuais repetitivos são automatizados, há um aumento no número de vagas com maior valor agregado. Por exemplo, um operador de máquina que passa a exercer a função de operador digital ou se torna responsável pela instalação e a manutenção das máquinas.

Esse processo deve se intensificar e tornar-se realidade tanto nas grandes como nas pequenas e médias indústrias. Além das mudanças nos empregos existentes, as novas tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0 – como internet das coisas (IoT), computação em nuvem, big data e inteligência artificial – têm o potencial de reduzir a desigualdade social e os recursos utilizados, e aumentar a participação das mulheres e dos jovens, a eficiência e a competitividade do país.

Sendo assim, contribuem para que, no pós-pandemia, o país tenha uma recuperação verde – modelo de desenvolvimento que concilia fatores sociais, ambientais e econômicos. “Consideramos o cenário brasileiro atual e o impacto da transformação digital para mostrar a importância de determinadas profissões na definição de uma estratégia nacional de desenvolvimento econômico sustentável”, explica o assessor Técnico da GIZ Martin Studte.

O estudo destaca as tecnologias habilitadoras que permitem o desenvolvimento de soluções avançadas em quatro grandes áreas de aplicações industriais:

– Manufatura inteligente, que integra aspectos como robótica avançada, impressão 3D e tecnologias digitais para a fábrica;

– Cadeia de suprimentos inteligente e conectada (smart supply chain), que considera plataformas de conectividade da fábrica com fornecedores e clientes;

– Oferta de produtos e serviços conectados (smart products and services), que considera novos modelos de negócios, como o Product-as-a-Service ou serviços baseados na oferta de dados;

Utilização do trabalho suportado por tecnologias (smart working) para a oferta de serviços produtivos.

O estudo apurou ainda que existe uma migração do trabalhador do chão de fábrica para os serviços produtivos, que, por sua natureza intangível, demandam profissionais nos locais onde os serviços devem ser executados, favorecendo assim a distribuição geográfica de empregos qualificados.

Em curto prazo, a maior lacuna é para a função de operador digital – em dois anos, o país deve ter formado 39,4 mil profissionais, enquanto a demanda é de 345 mil (déficit de 89%). Porém, nos próximos 10 anos, esse gap deve cair para 57%. Também chama atenção o profissional de manufatura aditiva, onde a diferença entre oferta e demanda laboral pode chegar a 75% – em uma década, estão previstos 2,7 mil egressos e a demanda será de 11 mil.

“Vale lembrar que, apesar de serem empregos de alto valor agregado, o que presume anos de formação, experts em digitalização industrial, por exemplo, podem ser formados em um período de 18 a 24 meses, através de especializações e mediante a reformulação de cursos já existentes”, de acordo com o Senai.

Qualificação e requalificação – As estimativas de quantos profissionais serão necessários e as lacunas entre a demanda e a oferta – ou egressos de cursos – mostram como o setor educacional brasileiro pode reagir e desempenhar um papel fundamental na recuperação verde.

O diretor do Núcleo de Engenharia Organizacional da UFRGS, Alejandro G. Frank, completa a lista de recomendações: apostar na imediata formação e requalificação de profissionais; investir na formação de professores, na atualização constante dos currículos e na criação de novos cursos; incentivar a interdisciplinaridade; e desenvolver políticas de inclusão digital a médio prazo.

“Para longo prazo, é importante criar um plano de atualização dos cursos no Brasil, aproximar o estudante do ensino médio da formação técnica e aumentar a oferta de cursos e de capacitação de professores em áreas menos favorecidas do país”, observa Alejandro Frank.

“O Senai, que acompanha as transformações do mercado de trabalho por meio de observatórios técnicos setoriais, avalia que o estudo é mais um norte para o país assumir uma posição dianteira, em comparação com outros países que também precisam atualizar sua mão de obra. Essas tendências devem ser consideradas pelas instituições de ensino profissional na formação inicial e na requalificação dos trabalhadores”, ressalta o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.

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