São Paulo, 29 de março de 2024

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24/10/2020

Produção de aço bruto cai 9,7% em 2020


(25/10/2020) – Em setembro, a produção de aço caiu 4,7% em relação ao mês de agosto. A queda é atribuída à retração da produção de semiacabados. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a produção de aço bruto foi de 22,3 milhões de toneladas, com queda 9,7% frente ao mesmo período de 2019.

Na área de laminados (janeiro a setembro), as 15,5 milhões de toneladas produzidas representam uma queda de 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de semiacabados para vendas totalizou 5,9 milhões de toneladas no mesmo período, com retração de 10,4% na mesma base de comparação.

As vendas internas apresentaram crescimento de 7,1% em relação a agosto. Na comparação anual, o crescimento das vendas internas é de 11,8% em setembro. No acumulado, foram vendidas internamente 13,5 milhões de toneladas, marcando uma retração de 4,2% frente a 2019.

“As vendas internas de laminados no mês de setembro ficaram 15,5% acima da média das vendas ocorridas em 2018 e 2019. Não procede, portanto, as especulações de que estaria havendo desabastecimento do mercado interno, devido ao retardamento no religamento dos altos fornos do setor e ao incremento das exportações. Estas, em setembro, ficaram 14,2% abaixo da média das exportações realizadas em 2019. No tocante ao consumo aparente de produtos siderúrgicos, em setembro, este subiu 8% em relação a agosto, devido preponderantemente ao crescimento das vendas internas”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil.

As exportações alcançaram 8,6 milhões de toneladas no acumulado, 9,9% menos que no mesmo período do ano anterior. As exportações de setembro foram de 756 mil toneladas, o que resultou em queda de 20,9%. De janeiro a setembro, as importações alcançaram 1,5 milhão de toneladas, com queda de 22,9%. Na comparação mês a mês, as importações de 142 mil toneladas, uma redução de 22,9% frente a agosto.

Após operar com apenas 42% de sua capacidade instalada, com crise de demanda em abril, a indústria do aço voltou a produzir e vender para o mercado nacional em níveis superiores aos do início de 2020. De acordo com o Aço Brasil, as empresas precisaram desligar altos fornos, aciarias e laminações, mas a recuperação econômica em V possibilitou a religação dos equipamentos.

Em outubro, o ICIA – Índice de Confiança da Indústria do Aço alcançou 85,2 pontos após crescer 13 pontos em relação a setembro. “A rápida recuperação da atividade da indústria do aço elevou a confiança dos empresários do setor para patamares recordes em todos os indicadores de situação atual e de perspectivas”, destaca o presidente-executivo do Aço Brasil.

EXCESSO DE CAPACIDADE DE AÇO – Na última quinta-feira, 22 de outubro, associações da indústria do aço dos continentes americano, europeu, asiático e africano fizeram um apelo para que os governos de economias produtoras de aço intensifiquem seus trabalhos no Fórum Global sobre Excesso de Capacidade de Aço (GFSEC, sigla em inglês). O setor siderúrgico global demonstra grande preocupação com o recente aumento do excesso de capacidade do aço, em um momento em que a demanda está afetada pela pandemia. O atual cenário reverte a tendência de retração observada entre 2016 e 2019.

Segundo cálculos recentes do Instituto Aço Brasil, considerando a capacidade de produção da OCDE por país e o consumo de aço equivalente do World Steel Association, o excesso de capacidade de aço no mundo saiu de 395 milhões para 521 milhões de toneladas, o que agrava as condições no mercado internacional com a escalada protecionista e as práticas predatórias de comércio.

Ainda de acordo com o Aço Brasil, a América Latina – e o Brasil nela inserido como o maior mercado – se apresenta como a única área no mundo sem proteção em relação à ameaça que o excesso de capacidade existente no mundo representa.

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