Indústria de pneus registra queda de 14,7% no acumulado do ano

Em novembro, vendas às montadoras cresce 7,1%, mas têm leve retração de 0,5% para o mercado de reposição

Por REDAÇÃO AB
  • 10/12/2020 - 16:53
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
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    A indústria de pneus registrou queda de 14,7% das vendas totais acumuladas de janeiro a novembro, ao fechar em 46,9 milhões de unidades contra os mais de 55 milhões verificados em iguais meses do ano passado. Os dados são da Anip, associação das fabricantes do setor no Brasil.

    Nos onze meses completos de 2020, todos os segmentos demandaram menos pneus neste ano, gerando queda generalizada: os volumes de vendas foram 20,7% menores para automóveis, 16% para comerciais leves, 3,9% para caminhões e 2,9% para motos.

    Já no resultado isolado de novembro, as vendas foram ligeiramente melhores que as de mesmo mês de 2019, passando de 5,36 milhões para 5,42 milhões de pneus entregues no mercado interno, leve alta de 1,3%.

    O balanço positivo de novembro foi puxado pelo bom volume entregue às montadoras, que consumiram 7,1% a mais do que há um ano, para um total de 1,34 milhão de pneus. Já o mercado de reposição se manteve praticamente estável em um ano, com ligeiro recuo de 0,5% das vendas no mês, para pouco mais de 4,08 milhões de unidades.

    "Os resultados da indústria de pneumáticos refletem o período de retomada da demanda na economia. Os números mostram uma boa reação em novembro, especialmente após os meses de queda extraordinária em abril, maio e junho eque foram seguidos por alguns recordes de produção em um típico ‘efeito chicote’, que se apresenta com uma forte demanda após alguma restrição de oferta – o que foi causado pela pandemia”, analisa o presidente-executivo da Anip, Klaus Curt Müller.

    A balança comercial do setor segue com superávit, agora de US$ 199,3 milhões no acumulado do ano até novembro. Quando comparado aos mesmos onze meses do ano passado, o resultado é 7% maior.