• G.Lab para Braskem
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 (Foto: Getty Images)

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Os impactos das mudanças climáticas não têm reflexos apenas no aumento da temperatura do planeta. Também são sentidos na produção de alimentos, na manutenção das florestas e na saúde da população. Escassez de água potável, aumento das inundações e do nível do mar, além da insegurança alimentar, são algumas das consequências. Por isso, o tema tem sido tratado cada vez com mais urgência por líderes globais e empresas, com políticas e metas para, paulatinamente, reduzir os danos. 

Os temas se enquadram em quatro pilares – social, ambiental, econômico e institucional – e abrangem desde problemas como o crescente desmatamento até a melhor forma de colocar em prática os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em 2015, durante a Cúpula sobre o Desenvolvimento Sustentável, coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU), foram definidos os ODS, compostos por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.

A Braskem é um exemplo de empresa alinhada à Agenda 2030, da ONU, e ao Acordo de Paris, tomando atitudes concretas para diminuir os impactos das mudanças climáticas e com uma meta comprometida com o tema até 2050 – reduzir 15% das emissões de GEE até 2030 e de neutralidade de carbono até 2050.

A Braskem é a maior fabricante de resinas termoplásticas do continente americano e a número 1 no mundo na produção de biopolímeros. Em novembro de 2020, anunciou a ampliação de seus projetos para chegar a 2050 como uma empresa carbono neutro e se colocou como parte corresponsável na prevenção e no combate às mudanças do clima. Para chegar a essa meta, os trabalhos serão direcionados a três frentes. A empresa vai se dedicar à redução de suas emissões por meio da eficiência energética e o aumento do uso de fontes de energia renováveis em suas operações com a ajuda de parcerias que agreguem inovação e tecnologia.

Adicionalmente será feita, ainda, a compensação de emissões com potenciais investimentos na produção de químicos e polímeros de fonte renovável. A companhia vem investindo em pesquisa e desenvolvimento para que no futuro seja possível a captura de emissões de carbono para seu uso como matéria-prima.

Entre as principais metas está a redução em 15% das emissões de CO2 na operação até 2030. Atualmente, 43% do consumo total de energia da operação brasileira da empresa vem de fonte renovável. Em contrato assinado recentemente, ficou assegurada a compra de energia solar pelos próximos 20 anos, o que deve evitar a emissão de 500 mil toneladas de CO2 na atmosfera no período.

Outro destaque é o investimento da Braskem no desenvolvimento de matéria-prima de fontes renováveis, como isso o portfólio I’m green™, que deverá aumentar.  O polietileno I’m green™ bio-based, criado há 10 anos a partir da cana-de-açúcar, faz parte do portfólio de produtos da Braskem, que foi ampliado com novos produtos obtidos a partir de resina pós-consumo, ou seja, plástico reciclado (I’m green™ recycled). Como é feito de matéria-prima renovável, o PE e o EVA verde capturam e fixam o gás carbônico da atmosfera durante a sua cadeia de produção, o que colabora para a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa. O polietileno renovável, feito pela Braskem a partir da cana-de-açúcar (em escala industrial desde 2010) captura até 3,09 toneladas de CO2 por tonelada produzida. A resina teve o reconhecimento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), da ONU e da Rede Brasil do Pacto Global como um dos exemplos mais transformadores em desenvolvimento sustentável no Brasil.

A Braskem tem como meta ampliar o portfólio de I’m green™ recycled para incluir até 2025, 300 mil toneladas de resinas termoplásticas e produtos químicos com conteúdo reciclado; e, até 2030, 1 milhão de toneladas destes produtos. A empresa também irá trabalhar para evitar que 1,5 milhão de toneladas de resíduos plásticos sejam enviados para incineração, aterro ou descartados incorretamente no meio ambiente, nos próximos 10 anos.

A Braskem tem o desenvolvimento sustentável como um dos seus principais pilares de atuação. Em 2009, foi lançado o primeiro conjunto de metas de longo prazo para 2020. Dentre os resultados obtidos, a Braskem conseguiu reduzir 20% da intensidade de emissões de gases de efeito estufa e a geração de resíduos em mais de 60% na última década. Além disso, a companhia viabilizou o investimento do maior projeto de água de reuso industrial do Hemisfério Sul, assim como a produção e a comercialização de insumos de origem renovável – como o pioneiro plástico feito à base de cana-de-açúcar, o PE e EVA verde e as resinas produzidas a partir de plástico reciclado.

Metas como as da Braskem ainda não estão muito disseminadas no ambiente empresarial. Dados divulgados em dezembro de 2020 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) apontaram que as emissões de CO2 cairiam em até 7% em 2020 por conta dos efeitos de desaceleração da economia provocados pela pandemia. A queda, porém, representa uma redução de apenas 0,01 graus Celsius no aquecimento global até 2050, o que não impede que o mundo ainda siga para o aumento de temperatura de mais de 3 graus Celsius neste século.

Para Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, organização não-governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente e a transição para estilos sustentáveis de vida, as empresas devem se questionar o tempo todo sobre o esforço que estão fazendo para melhorar as condições do planeta. “O ganho de produtividade poupa recursos, o problema é que o consumo tem aumentado e as emissões globais de CO2 continuam em expansão. Da mesma forma, vemos o crescimento do número de espécies ameaçadas de extinção, a deterioração do meio ambiente e há uma piora da segurança alimentar”, alerta.

Além disso, diz o presidente do Akatu, as empresas deveriam disponibilizar para o público de uma forma geral informações sobre o que estão fazendo no cotidiano e os reflexos nos valores do negócio. “É a partir disso que os consumidores vão criar identidade de valores”, enfatiza.

Ao assumir o papel de liderança e assumir a responsabilidade por mudanças, a Braskem tem conseguido não apenas oferecer ao mercado soluções mais inovadoras e ambientalmente responsáveis na cadeia do plástico.

A empresa também tem se posicionado como protagonista na mudança estratégica do setor produtivo e dos consumidores para uma adesão cada vez maior ao conceito da economia circular. “A Braskem vai cada vez mais buscar soluções para o mercado que não tratem os resíduos da indústria como material de descarte, mas como parte importante no processo produtivo que utiliza matéria-prima reciclada. É a missão de todos nós para conseguirmos um planeta melhor”, diz Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), compostos por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. A agenda prevê ações mundiais em áreas como:

• erradicação da pobreza;
• segurança alimentar;
• agricultura;
• saúde;
• igualdade de gênero;
• educação;
• água e saneamento;
• energia;
• padrões sustentáveis de produção e de consumo;
• mudança do clima;
• cidades sustentáveis;
• proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres;
• crescimento econômico inclusivo;
• industrialização e
• infraestrutura, entre outros.