Entrada do Brasil na OCDE contribuirá para recuperação econômica inclusiva e sustentável

Em carta ao secretário-geral eleito, presidente CNI ressalta que, com novos países membros com realidades econômicas e sociais distintas, boas práticas da OCDE poderão beneficiar a todos

O Brasil pediu formalmente para fazer parte da OCDE em 2017

Em carta enviada ao secretário-geral eleito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou a importância do papel da Organização para a recuperação econômica mundial e reiterou a importância da entrada do Brasil no foro.

O Brasil pediu formalmente para fazer parte da OCDE em 2017 e, desde então, vem ampliando a convergência de suas normas com os padrões da organização. 

Para se ter ideia, de um total de 245 instrumentos, o Brasil já aderiu a 99, o que corresponde a de 40% de convergência. Outros paises candidatos apresentam índices de aderência menores, como Argentina (21%), Romênia (20%), Peru (18%), Bulgária (13% e Croácia (11%) e (7%).

Na carta, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressaltou que Cormann é o primeiro representante da região do Indo-Pacífico à frente da organização e reafirmou a disposição dos empresários brasileiros em trabalhar em conjunto com a OCDE.

OCDE deve diversificar rol de membros

Para a CNI, para que a recuperação econômica ocorra de forma inclusive e cada vez mais sustentável, é importante que a a OCDE promova uma diversificação e expansão geográfica de seus membros, permitindo a acessão de países com realidades econômicas e sociais diferentes, entre eles o Brasil, de forma a permitir que as políticas e boas práticas da Organização cheguem a todos e beneficiem a todos.

”Para nós, estar alinhado aos padrões da OCDE permitirá ao nosso país promover importantes e necessários ajustes, como a reforma tributária, a reforma política e, inclusive, a simplificação e modernização de nossa legislação cambial, que já está em discussão no Congresso Nacional e que permitirá ao Brasil fazer parte dos Códigos de Liberalização da OCDE”, afirma Robson Andrade, na carta. 

O presidente ressalta que a CNI está trabalhando ativamente para apoiar o governo brasileiro em ações que nos aproximem da OCDE. Em 2018, por exemplo, a Confederação iniciou ações de mobilização e sensibilização das empresas e associações brasileiras para a importância da agenda de OCDE.

Agora, em 2021, a CNI planeja promover uma missão empresarial virtual com a OCDE e o Business at OECD, congregando CEOs e representantes de alto nível de empresas e associações empresariais brasileiras, para que eles possam entender melhor como as organizações funcionam e como é importante que estejam engajados e participando das discussões.

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