Recursos para financiamento de veículos tiveram queda de 3,4% em 2020

Levantamento foi feito pela associação das financeiras de montadoras; expectativa é de aumento para este ano

Por REDAÇÃO AB
  • 26/02/2021 - 19:32
  • | Atualizado há 2 anos, 8 meses
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    A Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) divulgou na sexta-feira, 26, o balanço consolidado do desempenho de financiamentos de veículos em 2020. Os recursos liberados para o crédito automotivo somaram R$ 156,7 bilhões, em leve queda de 3,4% sobre 2019, quando foram disponibilizados R$ 162,1 bilhões. O recuo foi mais um dos efeitos da pandemia, segundo a entidade. Para este ano a expectativa é de recuperação e crescimento. A Anef projeta aumento de 12,5% na liberação de recursos pelas instituições financeiras para a compra de veículos, o que vai representar R$ 176,3 bilhões.





    “De acordo com os indicativos dos últimos anos e a avaliação da entidade sobre o potencial do mercado automotivo, acreditamos que o setor vai seguir em recuperação. Os bancos de montadoras têm um papel importante neste contexto, criando soluções adequadas ao momento, que auxiliam no escoamento da produção de veículos”, avalia Paulo Noman, presidente da Anef. As projeções da entidade indicavam retração bem maior em 2020, de 11,8% no montante de recursos liberados, mas segundo a associação a queda menor se deveu pela retomada mais rápida dos negócios verificada no segundo semestre do ano, em conjunto das medidas de flexibilização de economia e de combate à pandemia.

    Ainda de acordo com a Anef, o saldo das carteiras vem registrando aumentos de maneira contínua desde 2017, no ano passado totalizou R$ 284,3 bilhões em contratos ativos de crédito, montante 10,5% superior ao verificado em 2019, quando somou R$ 257,5 bilhões. Para o presidente da entidade, é preciso aguardar uma maior estabilização das variáveis de toda a cadeia produtiva do setor – assim como da conjuntura nacional – para poder fazer projeções mais concretas.

    “Os resultados do total de recursos liberados do último trimestre de 2020 foram positivos, chegando a atingir níveis pré-pandemia”, afirmou Paulo Noman. “As projeções para 2021 são positivas, mas é preciso continuar a observar com cautela o comportamento da indústria nos próximos meses”, acrescentou.

    A maior parte dos financiamentos continua sendo feita por meio da modalidade CDC (Crédito Direto ao Consumidor), com R$ 282 bilhões do saldo das carteiras, o que representa aumento de 11,2% na comparação com 2019, quando foi registrado saldo de R$ 253,6 bilhões nessa modalidade. Já o leasing, que já apresentava uma menor participação no balanço anual da entidade, perdeu ainda mais espaço em 2020, com total de R$ 2,9 bilhões, contra R$ 3,7 bilhões no ano anterior (queda de 37,8%).