O fluxo de veículos em estradas com pedágio no Brasil caiu 12,6% em março ante fevereiro, com ajuste sazonal, de acordo com o Índice ABCR de Atividade, construído pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada. No período, o movimento de leves teve queda de 17,4%, enquanto o de pesados cresceu 0,1%.

Na comparação com março de 2020, entretanto, o fluxo total de veículos teve expansão de 3,6%, puxado principalmente pelo desempenho de pesados, com alta de 11,6%. Já o de leves subiu 0,1% no período em análise.

Conforme Andressa Guerrero, analista da Tendências, diretamente ligada ao recrudescimento do isolamento social em grande parte do País, houve queda do fluxo de leves em todas as regiões analisadas. Por outro lado, o fluxo de pesados ainda apresenta certa resiliência mantendo a movimentação de carga de bens essenciais, principalmente, afirma.

No primeiro trimestre, houve queda de 8,4% no fluxo de veículos leves em estradas com pedágio e crescimento de 6,2% no de pesados. Em 12 meses encerrados em março, com exceção de pesados, que teve variação zero, as demais taxas foram negativas em 13,2% (fluxo total) e em 17,5% (leves).

“Com o pior desempenho em abril de 2020, a trajetória do índice continua revelando os efeitos negativos

da pandemia. Vale destacar que o fluxo de leves não voltou ao patamar do período pré-pandemia e continuará sensível aos desdobramentos envolvendo a covid-19 no Brasil”, conclui.

Estados

O fluxo total de veículos nas estradas com pedágio caiu em todos os locais pesquisados. No Paraná, cedeu 7,4% frente a fevereiro, em termos dessazonalizados, influenciado pelo recuo de 24% do índice de leves e avanço de 6,7% do índice de pesados no período.

No confronto com março do ano passado, o indicador total apresentou avanço de 2,5%. O fluxo pedagiado

de veículos leves caiu 7,1%, enquanto o fluxo de pesados apresentou aumento de 13,2%. Já nos últimos doze meses o índice total acumula queda de 7,6%, reflexo da alta de 3,5% dos veículos pesados e queda de 14,3% dos veículos leves.

No Rio de Janeiro, o fluxo total caiu 3,9% ante fevereiro, com ajuste. O resultado decorreu das quedas de 1,8% no fluxo de veículos pesados e de 4,9% dos leves. No confronto com o terceiro mês de 2020, registrou avanço de 13,7%, com o de leves com alta de 14,6% e o de pesados com elevação de 10,1%. Nos últimos doze meses, o índice total acumula queda de 12,4%, composta pela retração de 7,2% dos veículos pesados e queda de 13,5% dos veículos leves.

Em São Paulo, o fluxo pedagiado total de veículos teve recuo de 14,3% em março ante o mês anterior, puxado pelo declínio de 18,8% (leves) e pela alta 0,4% (pesados).

Em relação ao mesmo período de 2020, o índice total cresceu 1,2%. O fluxo de leves apresentou queda de 2,4%, enquanto o fluxo de pesados subiu 10,1%. Nos últimos doze meses o indicador total acumula queda de 15,2%, resultado dos decréscimos de 19,5% dos veículos leves e de 0,6% dos veículos pesados.