Franklin de Freitas

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paranaenses finalmente voltou a crescer. Após drástica redução desde o início da pandemia, o indicador elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) teve alta de 4,8% no mês de setembro e marca 88,4 pontos.

O indicador paranaense está acima da média nacional, que teve elevação de 1,3% na variação mensal, e está em 67,6 pontos. No entanto, por ainda permanecer abaixo dos 100 pontos, o ICF é considerado insatisfatório.

No Paraná verifica-se uma melhora considerável no indicador entre as famílias de maior renda, em que marca 93,9 pontos, com aumento de 9,7% em relação a agosto. Entre os consumidores das classes C, D e E, o crescimento foi de 3,7%, sendo que a pontuação ficou em 87,3. Esse crescimento mais tímido entre as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos ocorre porque elas são as mais afetadas pela crise causada pelo coronavírus. A pesquisa sinaliza que a percepção destas famílias sobre sua renda baixou 2,7% na comparação com agosto. Este, inclusive, foi o único subindicador negativo do mês de setembro.

A Perspectiva de Consumo propriamente dita cresceu 17,0% no Paraná em setembro na comparação com agosto, especialmente entre as classes A e B, onde a variação mensal foi de 42,0%, um verdadeiro salto.

O Nível de Consumo Atual também subiu, apresentando alta de 8,3% ante agosto, bem como o Acesso ao Crédito, com aumento de 8,0%. Os consumidores paranaenses também avaliam que este é o momento de focar na compra de bens duráveis. Este subindicador teve crescimento de 6,0% na comparação com o mês passado.