Por G1


Foto de arquivo mostra notas de dólar em Westminster, Colorado — Foto: Reuters/Rick Wilking

O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (22), em dia de turbulência nos mercados após o presidente Jair Bolsonaro ter anunciado na noite de sexta-feira (19) a indicação de um novo presidente-executivo para a Petrobras, elevando os temores de uma guinada populista no governo Jair Bolsonaro.

Com o dólar nas máximas, o Banco Central vendeu US$ 1 bilhão em novos contratos de swap cambial tradicional nesta segunda-feira, num dia já de outras operações do BC no câmbio.

A moeda norte-americana subiu 1,26%, a R$ 5,4554. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,5337. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,99%, a R$ 5,3874. Na parcial do mês, acumula queda de 0,28%. No ano, tem valorização de 5,17% ante o real.

Cenário

Por aqui, as atenções dos investidores se voltaram para a mudança no comando da Petrobras e temores de intervenção do governo federal na política de preços de combustíveis.

Na noite de sexta-feira, Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor da Itaipu Binacional, para a presidência da Petrobras, no lugar de Roberto Castello Branco, gerando muitas críticas. Para que a troca na presidência da Petrobras seja concretizada, a indicação ainda precisa do aval do Conselho de Administração da Petrobras, que tem reunião prevista para esta terça-feira (23).

No sábado, Bolsonaro disse que precisa "trocar as peças que porventura não estejam funcionando". E que, "na semana que vem, teremos mais", sem dar mais detalhes. Bolsonaro também disse no sábado que vai "meter o dedo na energia elétrica", e que, "se a imprensa está preocupada com a troca de ontem, na semana que vem teremos mais", destaca a Reuters.

As preocupações com interferências na política de preços da Petrobras e na gestão de estatais impactam o mercado de câmbio na medida em que intensificam as incertezas sobre a situação fiscal do país, o que afeta também a confiança de investidores estrangeiros em relação ao Brasil e, por consequência, a entrada de dólares.

Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda mostrou que os analistas do mercado elevaram a estimativa de inflação em 2021 para 3,82%, acima da meta central, que é de 3,75%. A expectativa para a taxa Selic no fim de 2020 subiu de 3,75% para 4% ao ano. Já a projeção para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 2021 foi reduzida de 3,43% para 3,29%.

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Variação do dólar em 2021 — Foto: Economia G1

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