Por Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília


A Receita Federal informou nesta terça-feira (24) que a arrecadação de impostos somou R$ 153, 9 bilhões em outubro. O valor representa uma alta de 9,56% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram arrecadados R$ 135,2 bilhões.

Os números oficiais também mostram que o resultado de outubro foi o maior para o mês em seis anos, ou seja, desde 2014, quando o valor atingiu R$ 170,2 bilhões.

Arrecadação em 2020
Em %, na comparação com o mesmo mês do ano anterior
Fonte: Receita Federal

No acumulado de janeiro a outubro de 2020, porém, há queda na arrecadação. Foram R$ 1,18 trilhão, valor 9,45% menor que o registrado no mesmo período de 2019, quando somou R$ 1,26 trilhão.

Empresas

De acordo com a Receita, a arrecadação de impostos pagos por empresas (IRPJ e CSLL) subiu quase 18% em outubro. Foram R$ 31,9 bilhões, ante R$ 27,3 bilhões em outubro do ano passado.

A maior parte da alta se deve ao balanço trimestral das empresas. Conforme a Receita, os fatores determinantes para os resultados de outubro foram:

  • o crescimento dos impostos arrecadados pelas empresas;
  • a redução a zero das alíquotas do IOF aplicáveis nas operações de crédito.

Ainda conforme os dados do Fisco, o mês de outubro registrou:

  • Cofins/Pis Pasep: crescimento de 19,97% (impactado pelo recolhimento no mês das parcelas diferidas do mês de maio e o crescimento do volume de vendas em relação a setembro de 2019);
  • Receita Previdenciária: alta de 15,01% (impactado pelo recolhimento das parcelas diferidas e também o aumento de compensações);
  • IRPJ/CSLL: crescimento de 17,97% (impactado pelo balanço trimestral. Há recolhimentos maiores nos meses de outubro, janeiro e julho);
  • IRPF: crescimento de 19,26% (diferimento dos recolhimento das cotas neste ano. A postergação da entrega das declarações. Essa diferença de dois meses faz com que o volume de cotas elas venham em patamares maiores).
  • IPI (exceto vinculado): crescimento de 14,26% (destaque para o setor metalúrgico)
  • Cide - combustíveis: queda de 5,93%
  • IOF: queda de 71,19% (porque houve a prorrogação da desoneração do tributo sobre as operações de crédito).

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