Arquivo/SMCS

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o preço dos alimentos que compõem a cesta básica subiu 15% no país, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por isso, é aconselhável pesquisar o valor de itens como óleo de soja, arroz, leite longa vida e da carne, que voltou a sofrer aumentos nas últimas semanas.

Nos supermercados de Curitiba, segundo levantamento do Clique Economia da Prefeitura, realizado na última terça-feira (23/3), a variação de preços de nove gêneros alimentícios que compõem a cesta básica chega a 46,74% de um estabelecimento para outro. O levantamento compreende: óleo de soja, arroz parboilizado, leite longa vida integral, carne bovina, feijão preto, açúcar refinado, farinha de trigo, café e ovos médios.

O acompanhamento do Clique Economia é feito diariamente em supermercados da capital. Por conta da bandeira vermelha, o levantamento neste momento está sendo feito em sete estabelecimentos (normalmente, são 16 locais).

“Muitos supermercados fazem promoções diárias, levando a essas grandes variações. Por isso, é importante que as pessoas façam a comparação dos preços de alimentos”, orienta Simone Roque, coordenadora do Clique Economia, serviço vinculado à Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN).

Entre os itens monitorados, o preço do café moído apresentou a maior variação para um mesmo produto: 46,74%. O pacote de 500 gramas do alimento embalado à vácuo foi encontrado por valores entre R$ 5,99 e R$ 8,79 em diferentes supermercados.

Outro produto com grande alta é a farinha de trigo. O pacote de 5 quilos apresentou variação de 43,60% entre um estabelecimento e outro (com preços entre R$ 11,49 e R$ 16,50 para um mesmo produto). No caso do pacote de 1 quilo de feijão preto, a diferença de um mesmo produto chegou a 27,98% (entre R$ 6,79 e R$ 8,69) e do açúcar refinado variação de 29,30% (entre R$ 11,98 e R$ 15,49).

No caso do óleo de soja (900 ml), a diferença de preços era R$ 6,89 e R$ 8,49 (23,22%). Em relação à caixa de ovos médios (1 dúzia), a diferença chegou a 13,51% entre os pontos pesquisados (de R$ 6,59 a R$ 7,48).

Já o leite longa vida (1 litro) apresentou variação de preço de 12,54% (entre R$ 3,19 e R$ 3,59) e o arroz parboilizado (5 quilos) foi encontrado em diferentes supermercados com variação de 10,06% de preço (entre R$ 18,98 e R$ 20,89).

Carne bovina
Vilã das gôndolas nas últimas semanas, a carne bovina apresentou a menor variação de preços entre os supermercados pesquisados na terça-feira (23/3): 9,39%. O quilo do patinho sem osso era encontrado com preços entre R$ 32,90 e R$ 35,99.

Segundo a coordenadora do Clique Economia, vários fatores têm contribuído para o aumento do preço da carne.

“Há uma queda de oferta por conta da seca em todo o país, que reduziu as pastagens, principal fonte de alimento do gado. Outro fator é a valorização do dólar, que fez crescer as exportações e aumentar os custos de insumos para a criação dos animais”, explicou.

Serviço
Lançado no início de março pelo prefeito Rafael Greca, o Clique Economia é uma evolução do antigo serviço (Disque Economia) da Prefeitura. O serviço pode ser acessado pelo Curitiba APP ou diretamente pelo novo site, que tem visual moderno e intuitivo, oferecendo gratuitamente um amplo conjunto de funcionalidades.

Prático, o Clique Economia é uma plataforma “responsiva”, ou seja, facilmente acessada por smatphone, tablet e computador, permitindo ao consumidor criar de qualquer lugar sua lista de compras utilizando o catálogo de produtos (laticínios, carne, ovos, frios, hortifrútis, alimentos para fins especiais, pães, bebidas e produtos básicos, além de itens de higiene e limpeza).

Ao final, o sistema irá indicar o supermercado que traz o melhor preço final de todos os alimentos e itens de higiene e limpeza selecionados. Caso o consumidor prefira saber o preço de um estabelecimento perto de casa, será possível mudar em um campo específico e conferir os valores praticados para os produtos no local desejado.

São mais de 700 itens diferentes pesquisados diariamente nos supermercado da capital.