Preço da gasolina chega a R$ 5,49 o litro em São Paulo

Dados são da ANP; levantamento semanal é o primeiro após aumento da gasolina e do diesel feito pela Petrobras

São Paulo

O preço médio da gasolina nos postos do estado de São Paulo ultrapassou os R$ 4,62 por litro na última semana, após o reajuste dos combustíveis realizado na sexta-feira (19). No entanto, os paulistas chegam a pagar R$ 5,49 em posto da capital paulista, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (23) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

Para José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato de revendedores de combustíveis), ainda não houve o repasse total do reajuste e muitos postos estão com preços promocionais. "O reajuste é alto, os postos têm que repassar. Até semana que vem os postos já estarão repassando totalmente", diz.

Bomba de combustível em Santo André, na Grande SP
Bomba de combustível em Santo André, na Grande SP - Rivaldo Gomes/Folhapress

Desde janeiro, o valor da gasolina vendida pela Petrobras acumula alta de 34,7%. O diesel subiu 27,7% no mesmo período. Na última sexta-feira, a gasolina e o diesel tiveram reajuste de 10,2% e 15,1%, respectivamente, feito pela Petrobras. Foi o quarto reajuste da gasolina e o terceiro do diesel nos dois primeiros meses de 2021.

De acordo com o levantamento da ANP, em São Paulo, o preço médio do diesel comum, entre os dias 14 de fevereiro e 20 de fevereiro, foi de R$ 3,82. O Acre registrou a maior alta, com o combustível chegando a R$ 5,06.

O preço médio do botijão de gás de 13 kg em São Paulo também está em alta e ficou em R$ 79,70, mas pode chegar a R$ 93 em alguns locais, segundo a pesquisa da ANP com 485 revendedores.

O litro do etanol atingiu os R$ 3,99 no estado, com média de preço de R$ 3,22 na mesma semana.

Decreto

Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou um decreto que obriga postos de gasolina a informar a composição do valor cobrado por combustíveis na bomba.

Segundo o decreto, os postos deverão fixar um painel, em local visível, com os valores estimados do ICMS e de tributos federais que incidem sobre combustíveis. O informativo deverá conter o preço de referência para o ICMS e o valor da PIS/COFINS, além do da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).

"Isso dará noção sobre o real motivo na variação de preços. O decreto também obriga os postos a dispor informações sobre os descontos vinculados ao uso de aplicativos de fidelização", diz a Secretaria-Geral da presidência.

Gouveia diz que não será uma lei que vai regularizar o setor, mas fiscalização.

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