O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda nesta segunda-feira (30), após cinco pregões seguidos de ganhos. Apesar da perda diária, a bolsa teve a maior valorização para um mês de novembro desde 1999.
O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,52%, a 108.893 pontos. Veja mais cotações.
No mês, no entanto, o indicador acumulou alta de 15,9% - no melhor novembro desde 1999, quando a valorização foi de 17,76%. Também foi o melhor resultado mensal desde março de 2016, quanto a bolsa subiu 16,97%. No ano, a bolsa ainda acumula queda, de 5,84%.
Cenário global e local
Na visão do estrategista Dan H. Kawa, CIO da TAG Investimentos, movimentos de acomodação em ativos de risco como os registrados no exterior nesta sessão são plenamente normais e esperados mesmo em momentos de otimismo do mercado, segundo comentários a clientes.
"Seguimos vivendo uma dicotomia entre um curto-prazo de notícias ainda desafiadoras em relação a pandemia, porém com perspectivas mais esperançosas em torna da vacina", afirmou à Reuters.
Por aqui, os analistas do mercado financeiro subiram a estimativa de inflação para 2020 pela décima sexta semana seguida, de 3,45% para 3,54%. Já a projeção para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) no ano foi reduzida de 4,55% para 4,50%, segundo pesquisa "Focus" do Banco Central. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,38 para R$ 5,36.
O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) recuou em novembro pelo segundo mês seguido, evidenciando as dificuldades de recuperação do setor.
Além das preocupações com o risco de uma segunda onda de contaminações no país e de desaceleração do ritmo de recuperação da economia, seguiu no radar dos investidores as discussões em torno do Orçamento de 2021 e nas medidas de ajuste fiscal para garantir a saúde das contas públicas.
No exterior, os mercados seguiram guiados pelas esperanças de uma vacina contra o coronavírus e expectativa de recuperação da economia global. Nesta segunda, a farmacêutica norte-americana anunciou uma eficácia de 94,1% da sua vacina e que planeja solicitar uma autorização para uso emergencial do seu imunizante a agências reguladoras dos EUA e Europa.
Ibovespa 30.11.2020 — Foto: Economia G1