Exportação de autopeças à Argentina cai 32,8%
Queda nos negócios com país vizinho reduz em 36,7% o déficit da balança brasileira de autopeças
A exportação de autopeças à Argentina no acumulado de janeiro a agosto caiu 32,8% ao somar US$ 1 bilhão, ante US$ 1,5 bilhão em iguais meses do ano passado. A retração é causada pela crise econômica do país vizinho, que reduziu as vendas locais de veículos pela metade.
Como consequência, os Estados Unidos se consolidam como principal destino dos componentes brasileiros: US$ 1,06 bilhão em itens enviados e 21,6% de participação no acumulado até agosto. Os números foram divulgados pelo Sindipeças, entidade que reúne fabricantes do setor.
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Por causa da diminuição das importações brasileiras de peças que seguiriam para a Argentina em forma de veículos montados (e também reexportadas para lá), o déficit na balança comercial de autopeças no acumulado até agosto soma US$ 2,8 bilhões, valor 36,7% mais baixo que o anotado em iguais meses do ano passado.
Nesse período o Brasil trouxe US$ 7,7 bilhões em componentes, 20% a menos pela comparação interanual. As exportações também permaneceram em queda no período ao somar US$ 4,9 bilhões. O valor é 5,5% mais baixo que em iguais meses de 2018.
A China permanece como principal fornecedor de autopeças ao Brasil, US$ 1,1 bilhão no acumulado dos oito meses. O valor é 8,8% menor que o de iguais meses do ano passado, mas representa quase 15% de todos os itens comprados pelo Brasil. A Alemanha mantém a segunda colocação, com US$ 1 bilhão em vendas. O valor recuou 11,6% pela comparação interanual, mas responde por 13,2% das compras totais.