São Paulo, 28 de março de 2024

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27/03/2021

Mulheres na Indústria: Incentivos à equidade de gênero


(28/03/2021) – De acordo com as Estatísticas de Gênero divulgadas pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no início de março, a participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou pelo 5º ano seguido, porém elas seguem ganhando menos do que os homens e ocupam, cada vez menos, cargos de gerência.

Apesar do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, a presença feminina em cargos de gerência/liderança sofreu a segunda queda anual seguida. “Apesar de mais instruídas, as mulheres ocupavam 37,4% dos cargos gerenciais e recebiam 77,7% do rendimento dos homens”, segundo o IBGE.

O Usinagem-Brasil reuniu uma série de ações voltadas à equidade de gênero no mercado de trabalho, sobretudo na indústria e na área de engenharia. Conheça as iniciativas desenvolvidas pela SAE Brasil, Cummins, Nexa e Senai Uberlândia (em parceria com empresas da região).

SAE Mulheres – Em junho de 2020, a SAE Brasil criou a SAE Mulheres, mentoria dedicada à difundir a equidade de gênero no setor. Daniela Lucchese está na coordenação do programa que conta com 21 pessoas – homens e mulheres – de diversos segmentos. “A gente sabe que é um trabalho formiguinha. A intenção é desenvolver ações em busca de equidade dentro e fora da SAE, para todo o setor de mobilidade”, detalha. Ao todo, a SAE conta com 24 mentorias, cada uma delas relacionada a uma temática (manufatura, materiais, propulsão a hidrogênio etc.).

Desde a criação da SAE Mulheres, várias ações já foram realizadas, como a assinatura do termo de adesão aos WEPs (Women’s Empowerment Principles) da ONU, criação de banco de currículos de mulheres palestrantes, apoio projetos que incentivem meninas ao ingresso em carreiras nas áreas de ciências e tecnologia e palestras para empresas interessadas em realizar mudanças culturais.

Também no ano passado, em outubro, foi criado o “Aprendendo com Elas”. O projeto consiste em uma série de 12 lives técnicas, transmitidas mensalmente pelo canal do YouTube da SAE Brasil, exclusivamente com palestrantes e mediadoras do sexo feminino. Já foram tratados temas como transformação digital da logística, mobilidade corporativa, desafios do transporte público e indústria 4.0.

De acordo com Lucchese, a SAE sentiu necessidade de ampliar o seu escopo e tratar temas além da equidade de gênero, como o Programa Diversidade SAE Brasil, outra iniciativa da mentoria SAE Mulheres. O projeto – lançado em 8 de março – é composto por vários encontros que serão realizados ao longo de 2021, entre eles o Simpósio SAE Brasil de Diversidade no Setor da Mobilidade, nos dias 4 e 5 de agosto. Também foi organizazda uma série de lives intitulada “Conversas Inspiradoras”, que vai acontecer entre os meses de abril e novembro e debaterá temas relacionados à inclusão e diversidade.

LIFT– Desenvolvido globalmente pela Cummins, o LIFT – Leading Inclusion for Technical é um programa de inclusão voltado exclusivamente para a área técnica. A iniciativa tem a missão de criar um ambiente inclusivo, valorizar as diferenças dentro de cada função técnica e incentivar que cada colaborador atinja o seu maior potencial.

Os principais objetivos do LIFT são: atrair diversos talentos técnicos, desenvolver talentos para resolver grandes desafios e reter talentos para construção de um local de trabalho mais seguro e inclusivo, no qual todas as vozes são ouvidas. “Eu tenho muita honra de estar liderando o LIFT porque ele é um projeto global da Cummins. Estou à frente da estrutura para a América Latina, região onde o programa está ativo desde janeiro de 2020”, diz Maria Fernada Pirola, engenheira de materiais e gerente de projetos na Cummins.

Além de gênero, o LIFT é baseado em outros quatro pilares da diversidade – etnia, pessoas com deficiência, gerações e grupo Pride. “Temos objetivos aspiracionais e ações para cada um dos pilares”, destaca a gerente. Globalmente, esses temas também são trabalhados por meio dos Grupos de Recursos de Colaboradores (ERG). No Brasil existem grupos de trabalho para cada pilar da diversidade. O LIFT trabalha todas essas pautas dentro das áreas técnicas. “Ele olha para todas as diversidades, mas é focado na área técnica”, explica a gerente de projetos.

Em 2021 outros projetos relacionados à diversidade estão em andamento na Cummins. Entre eles, o desenvolvimento do senso de accountability (responsabilidades para impulsionar resultados) nas lideranças, uma vez que líderes e gestores precisam estar sempre atentos para a representatividade de gênero, inclusive desenvolvendo ações para inclusão de mulheres na área técnica.

Outro ponto é uma autoavaliação sobre as barreiras impostas à diversidade. “Dentro da engenharia, por exemplo, existem áreas bastante desafiadoras. Hoje você encontra na Cummins diversas gerentes de projetos, mas quando vamos para uma área bem específica, como o centro de testes, o desafio de atrair, desenvolver e reter mulheres é maior. Então, nós estamos fazendo esse mapeamento de ações”, aponta Maria Fernanda. A Cummins também está incentiva a participação de suas colaboradoras no SWE – Society of Women Engineers. “Estamos nos desafiando o tempo todo, em todas as áreas da diversidade, e nos questionando para obtermos sempre os melhores resultados”, finaliza.

Minere como uma mulher – No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher a Nexa – empresa que atua nos segmentos de metalurgia e mineração há 60 anos – lançou a campanha #MinereComoUmaMulher.

Atualmente, a participação da mulher no mercado de mineração é de apenas 13%. O dado é da pesquisa Women in Mining Brazil, realizada em 2019. A campanha tem o objetivo de promover a equidade de gênero dentro e fora da Nexa, que pretende incentivar mudanças em toda a cadeia do setor de mineração.

Para Júnia Cidade, líder do grupo Empodera, a equidade de gênero é uma questão que precisa ser discutida e revista no setor de mineração. “Buscamos criar um ambiente de respeito, que seja mais inclusivo e estimule a participação da mulher em todos os níveis. Por isso, criamos uma campanha plural e que pode ser utilizada por todas as mulheres que atuam no setor mineral”, comenta. O grupo Empodera é uma frente composta por mulheres e faz parte do programa de pluralidade da Nexa.

Elas na Indústria – O Senai, a Mosaic Fertilizantes, a FMC Agrícola e outras empresas da região de Uberaba (MG) lançaram o programa “Elas na Indústria”, focado na capacitação de mão de obra feminina e com o objetivo de atender as demandas locais.

A primeira turma do projeto vai formar 30 mulheres como Operadoras de Processos Químicos. O curso, ministrado pelo Senai de Uberaba, teve início em fevereiro e tem duração de seis meses. A capacitação inclui: Fundamentos de Processos Químicos Industriais, Cálculo Aplicado ao Controle de Produção, Fundamentos Físicos, Químicos e Biológicos, Controle das Variáveis em Processos Químicos Industriais e Operação de Processos Químicos Aplicados à Indústria.

Para Silvanio Márcio Fernandes, gerente da unidade do Senai em Uberaba, a iniciativa quebra paradigmas: “O Elas na Indústria vem para abrir o mercado de trabalho para as mulheres, que terão a oportunidade de mostrar as suas competências e as habilidades nos processos industriais promovendo a melhoria da qualidade e produtividade para as empresas parceiras do projeto.”

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