Custeio de vacina com economia do teletrabalho tem apoio de 88%

Da Redação | 05/10/2020, 16h54

Pesquisa nacional realizada pelo DataSenado registrou amplo apoio da população ao projeto que determina que parte dos recursos financeiros economizados em decorrência da adoção do teletrabalho, no âmbito da administração pública, seja destinada para o custeio da vacina contra o coronavírus. O PL 4.006/2020, de autoria da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), tem o apoio de 88% dos entrevistados. Apenas 10% dizem discordar da proposta, enquanto 2% preferiram não responder.   

Projeto

A senadora foi ao Twitter destacar a pesquisa e comemorar o apoio da população ao projeto. Segundo ela, apesar de não estar devidamente regulamentado pela legislação brasileira, o teletrabalho já é uma prática corrente de diversos órgãos públicos. Rose ressalta que a pandemia do coronavírus intensificou essa tendência.

O projeto estabelece que os recursos financeiros economizados em decorrência da adoção do teletrabalho, nos três Poderes da União, sejam destinados às ações de saúde relacionadas ao combate à covid-19. Segundo o texto, o trabalho remoto será obrigatório enquanto não houver vacina disponível em âmbito nacional para o enfrentamento ao coronavírus. Dessa economia, 7,5% deverão ser garantidos para o custeio da vacina contra a doença.

Na justificativa do projeto, a senadora cita dados do Ministério da Economia para apontar que, em três meses, somente a despesa no Executivo federal caiu 75,2%, em relação ao mesmo período do ano passado. A estimativa de Rose é que a redução de despesas nos três Poderes em cinco meses de quarentena ultrapasse a marca de R$ 1,2 bilhão.

Perfil

A pesquisa busca obter uma amostra representativa da população brasileira. Assim, 53% dos entrevistados são do sexo feminino e 47% são do sexo masculino. Em relação à faixa etária, 25% têm entre 16 e 29 anos, enquanto os que têm 60 anos ou mais representam 22% dos entrevistados. Da região Sudeste, vêm 43% dos entrevistados. O Nordeste responde por 26%.

Os pardos representam 45% dos entrevistados, enquanto 44% se identificam como brancos. Negros (9%) e indígenas (1%) também constam do perfil racial dos entrevistados. A religião católica é a dominante entre os que responderam à pesquisa (49%), seguida da evangélica (31%). Pouco menos da metade (49%) disse que a renda familiar é de até dois salários mínimos, enquanto 21% declararam a renda da família entre dois e cinco salários mínimos. Mais de cinco salários mínimos foi a resposta de 8%, mas 22% preferiram não responder ou não sabiam a resposta.

Entre os entrevistados, 35% afirmam se lembrar em quem votou para senador na última eleição. Já 57% dizem não se lembrar. Mais de oito em cada dez (82%) disseram não seguir nenhum senador nas redes sociais. Apenas 17% responderam sim a essa pergunta. Sobre o posicionamento político, 23% se identificaram como sendo mais de direita, 12% como de esquerda e outros 12% como de centro. Já quase metade (47%) respondeu não se identificar com nenhuma dessas correntes.

DataSenado

Os dados completos da pesquisa podem ser acessados no site do DataSenado. A pesquisa foi feita entre os dias 11 e 18 de setembro, com 5 mil brasileiros com 16 anos ou mais, entrevistados por telefone, em amostra representativa da população brasileira. O nível de confiança é de 95%.

O Instituto DataSenado foi criado em 2005, com a missão de acompanhar, por meio de pesquisas, enquetes e análises, a opinião pública brasileira sobre o Senado, a atuação parlamentar e temas em discussão no Congresso Nacional. Os dados levantados pelo DataSenado têm auxiliado em decisões parlamentares e contribuído para uma melhor compreensão sobre o pensamento da população brasileira.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)