Por Valor Online


A maioria dos brasileiros acredita que a situação financeira familiar e a economia do país só voltarão a se recuperar depois de 2021, aponta pesquisa feita pela Febraban em parceria com o Ipespe. Para 75% dos entrevistados, a economia brasileira só vai melhorar a partir do ano que vem. Apenas 9% apostam em uma retomada ainda em 2021.

Expectativa de recuperação da economia brasileira — Foto: Reprodução/Febraban

A perspectiva captada pela sondagem é de aumento da inflação, das taxas de juros e do desemprego neste ano. A alta da inflação e do custo de vida é esperada por 80% dos brasileiros. Quase dois terços (64%) preveem redução do poder de compra neste ano.

Nesse contexto, 54% dos entrevistados também afirmam que a situação financeira de sua família só vai se recuperar depois de 2021. Outros 23% veem melhora ainda neste ano. Apenas 11% dizem que a vida não foi afetada pela pandemia. Os mais pessimistas são os brasileiros de menor instrução e menor renda.

Expectativa de recuperação da situação financeira familiar — Foto: Reprodução/Febraban

Caso o cenário melhore e sobre algum dinheiro, 31% dizem que vão aplicá-lo na poupança. Outros investimentos bancários são apontados por 27%. Investimentos em cursos e educação são uma opção para 25%. Viajar também é citado por 25%. Comprar imóvel (23%) e reformar a casa (21%) também estão no radar dos brasileiros, o que é ajudado pelo ambiente de juros baixos.

A pesquisa também detectou que 57% dos entrevistados confiam nos bancos e 33%, não. As instituições financeiras despertam mais confiança que as empresas privadas (51% confiam) e que as fintechs (49%), de acordo com o levantamento.

Para a maioria (51%), os bancos contribuem positivamente para o desenvolvimento da economia e atuaram positivamente na ajuda à população, ao país e aos clientes no enfrentamento da pandemia.

A pesquisa também detectou uma avaliação positiva do PIX, lançado em novembro de 2020. A tecnologia recebeu nota média 8,9. Uma parcela de 58% deu notas de 7 a 10 para o sistema de pagamentos instantâneos.

O Ipespe ouviu 3 mil pessoas maiores de 18 anos, numa amostra representativa da população brasileira. As entrevistas foram colhidas entre 1 e 7 de março. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95,5%.

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